Conhecidos como substancias químicas produzidas pelas glândulas endócrinas liberadas na corrente sanguínea, os hormônios fazem parte de respostas fisiológicas, morfológicas e bioquímicas do nosso organismo. Porém, nem sempre esse processo ocorre de maneira equilibrada, fazendo necessário o uso da reposição sintética.
A desregulação dos níveis hormonais podem até prejudicar o sono, ciclo menstrual e até provocar ansiedade.
De acordo com o especialista em farmacologia Kemper Nunes, não existe um momento específico para que a reposição hormonal ocorra e que depende de cada caso. “Muitos associam reposição hormonal à método contraceptivo, o que não é. É necessário antes esclarecer que a reposição hormonal é uma terapia que repõe ou equilibra a quantidade de determinado hormônio ou sua ação no organismo”, esclareceu.
Reposição hormonal exige cuidados
A reposição hormonal apresenta suas reações adversas e riscos, de acordo com o especialista. “As mais comuns na reposição hormonal para mulheres são através dos análogos de estrogênio e progestonêgio, com alteração no peso, no humor e alteração no ciclo menstruação. Para os homens que realizam a reposição através da testosterona, pode ocorrer, agressividade, efeitos sexuais, como perda de libido, ginecomastia (aumento do tecido mamário masculino), entre outros efeitos, que também podem ocorrer na mulher realizando a terapia hormonal masculina. É importante destacar que a automedicação e a administração de doses erradas na terapia hormonal pode apresentar riscos graves à saúde, como tromboembolismo e problemas circulatório, sendo utilizado com cautela ou contraindicados em pacientes diabéticos, que apresentam histórico de doenças vasculares, histórico ou risco de câncer de mama, problemas hepáticos, hipertensão, entre outros. Por isso a importância de sempre consultar seu médico no início e durante a terapia reposição hormonal”, ressaltou.
As reações adversas de qualquer medicamento depende muito do tipo de fármaco, da quantidade administrada, do tempo de tratamento e do organismo de cada usuário do medicamento, de acordo com Kemper. “Dessa forma, alguns fármacos utilizados para a reposição hormonal podem apresentar alterações no peso e ganho de massa. Entretanto, cada vez mais a indústria farmacêutica têm trabalhado na elaboração de fármacos mais seguros e com menores índices de reações adversas. Além disso, a terapia hormonal utilizada como método contraceptivo atualmente conta com fármacos administrados em concentrações geralmente muito baixas e mais seguros, o que diminui também os riscos das reações adversas provocadas por eles”, concluiu.
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