No dia 10 de janeiro, o Ministério da Saúde lançou um relatório, fruto da colaboração com a Beneficência Portuguesa de São Paulo. Este documento, resultado da 1ª Oficina sobre Morte Materna de Mulheres Negras no Contexto do SUS, realizada em Brasília em novembro de 2023, destaca a grave questão do racismo nos índices de mortalidade materna.
Desenvolvido pela assessoria para equidade racial e inserido no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), o relatório abrange diversos aspectos.
Artigos detalham os impactos da iniquidade racial nos índices de mortalidade, características sociodemográficas e obstétricas da população negra usuária do SUS, equidade, determinação social e atenção ao pré-natal e parto.
A publicação não se limita a artigos, incorporando dados preliminares da Pesquisa Nascer no Brasil II: Inquérito Nacional sobre Aborto, Parto e Nascimento.
Essa pesquisa, em parceria com a Fiocruz, utiliza dados do SUS para fornecer uma visão abrangente da realidade, contribuindo para a compreensão mais profunda dos desafios enfrentados.
Uma característica única do relatório é a inclusão de uma linha do tempo, remontando à história das políticas de saúde negra no Brasil.
Este recurso contextualiza o cenário atual, proporcionando uma visão histórica crucial para entender a evolução das ações e políticas de saúde racial.
A primeira oficina, realizada em novembro de 2023, teve como objetivo principal criar uma articulação intersetorial para enfrentar fatores estruturais que contribuem para a morte materna de mulheres negras.
Os participantes, após dois dias de intensas discussões, estabeleceram metas e ações a serem pactuadas. A segunda edição está agendada para maio, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
A iniciativa está integrada à Estratégia Antirracista para a Saúde, uma política desenvolvida em colaboração com a pasta da Igualdade Racial.
Essa estratégia pioneira visa combater o racismo em todas as ações e serviços de saúde, priorizando a saúde integral da mulher negra e a atenção à saúde materno-infantil, com foco na redução da mortalidade materna, infantil e fetal.
Publicada pela Portaria 2.198/2023, a estratégia estabelece um mecanismo transversal para análise de todas as ações, programas e iniciativas da pasta.
Tendo como objetivo, garantir a promoção da equidade étnico-racial, assegurando que o enfrentamento ao racismo esteja presente em todas as políticas de saúde, proporcionando um compromisso contínuo com a igualdade.
Se torna um passo significativo para construir um sistema de saúde mais justo e inclusivo para todos os brasileiros.
Fonte: Ministério da Saúde
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deu mais um passo importante na luta contra a dengue…
Durante a última reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), realizada em…
Em meio a uma das piores crises climáticas já vividas na Amazônia, o Ministério da…
Dia 14, a equipe da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde, um…
O Brasil tem experimentado um aumento significativo no número de médicos ao longo dos últimos…
Pacientes que receberam transplantes de órgãos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) no…
This website uses cookies.