Os atletas e aquelas pessoas que praticam esportes possuem uma característica em comum: em geral, todos eles começaram a treinar e desenvolver a atividade física muito cedo em suas vidas. No entanto, um problema pode afetar a trajetória desses esportistas e causar sérios problemas com o passar do tempo: o impacto femoroacetabular.
Esta foi uma das principais razões que levou o tenista Gustavo Kuerten a abandonar a carreira. Porém um outro nome do Tênis mundial conseguiu superar o problema e se manter no páreo. Campeão do tradicional torneio de Wimbledom duas vezes (2013 e 2016), Andy Murray, sofria desde os 23 anos de idade com as dores causadas pelo impacto femuroacetabular, dores difíceis de identificar, mas que quando observadas a tempo podem ser tratadas
Para quem não sabe, em 2019 o tenista teve seu quadril natural substituído por uma articulação artificial após uma cirurgia de quadril na Inglaterra. A Dra. Sarah Muirhead-Allwood, que operou Murray, também já realizou procedimentos na Rainha Elizabeth e no falecido Príncipe Philip. “O Reino Unido é considerado o berço das próteses de quadril de maior sucesso no mundo, e o que estamos testemunhando é a história da medicina sendo escrita diante de nossos próprios olhos, pois Murray, voltou a competir com os melhores do mundo em suas melhores condições físicas”, destaca Dr. Gusmão.
Apesar da eliminação na terceira rodada da competição deste ano, o médico explica que o exemplo de Andy Murray é motivo de esperança para pacientes no mundo todo e sua recuperação desafia os limites da medicina atual. “O fato de uma lesão em um atleta de alto nível ser recuperada em tempo recorde, pode até não causar tanta surpresa ao leitor desavisado. Porém, o caso de Murray era mais grave dado o desgaste acentuado da articulação, decorrente do diagnóstico tardio”.
Diante dessa retomada da carreira, o médico mostra como esse tipo de cirurgia pode trazer uma esperança para quem sofre destes problemas nesta região do corpo: “A técnica cirúrgica de substituição de quadril, criada para apenas impedir que as pessoas ficassem aleijadas, vai além e permite a um atleta de ponta voltar a treinar e jogar em alto nível. Na maioria dos casos, as pessoas sonham apenas em voltar a simplesmente caminhar. Com seu exemplo, Murray inspira os ‘biônicos’, termo carinhoso que muitos pacientes com prótese de quadril se autodenominam, a superarem suas dificuldades iniciais e renascerem para uma nova vida após a cirurgia”, completa o ortopedista.
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