O câncer de mama é o segundo tipo que mais acomete mulheres no país, atrás apenas do melanoma. É o que aponta o Instituto Nacional de Câncer (Inca) que traz, ainda, uma estimativa de mais de 66 mil novos casos para 2021.
O diagnóstico precoce realizado em exames de rotina aumentam as chances de cura da doença. A radiologia de imagem da mama é capaz de detectar a fase inicial do problema e minimizando os impactos para o paciente.
A médica radiologista Dayana Segtowich explica que a mamografia é o exame mais importante no combate ao câncer de mama. “O exame deve ser realizado anualmente em mulheres com mais de 40 anos, idade em que o risco de desenvolvimento do câncer de mama começa a aumentar. A mamografia digital é um procedimento simples e que não necessita de muitos preparos, sendo apenas recomendado que as pacientes que têm maior sensibilidade nas mamas, evitem fazê-lo no período menstrual”, afirmou.
O ultrassom das mamas detecta possíveis alterações mamárias, principalmente aquelas que podem ser sentidas e palpadas, de acordo com Dayana. “É importante na avaliação dos implantes mamários, auxilia na detecção do câncer de mama, em especial em pacientes jovens, além de adicionar informações sobre lesões que foram inconclusivas no exame de mamografia. Pode ser utilizado também como exame de rotina, em pacientes sem nenhuma queixa mamária. Vale lembrar que o ultrassom das mamas não utiliza radiação, é seguro e pode ser feito por qualquer paciente, inclusive as grávidas”, destacou.
Primeiros sinais de alerta
Uma das principais alterações vistas na mamografia são as calcificações, nódulos, massas e assimetrias, segundo a médica. “A mamografia é capaz de diagnosticar o tumor quando ele ainda tem menos de um centímetro, tamanho em que o nódulo ainda não está grande o suficiente para ser percebido no autoexame além de calcificação que é uma das formas de apresentação do câncer de mama. Quando percebido no estágio inicial, o câncer de mama tem chance de cura em até 95% dos casos”, destacou.
Mulheres transgêneros
A Dra. Dayana ressalta que mulheres transgênero têm cerca de 2% a 3% de risco vitalício de câncer de mama. “As recomendações sobre rastreamento mamográfico da Sociedade Americana de Radiologia são que os exames sejam feitos da mesma forma que as mulheres cisgênero”, concluiu.
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