Saúde Pública

Queda dos nascimentos no Brasil: a menor desde 1977

Em 2022, o Brasil enfrentou uma queda significativa no número de nascimentos, marcando o quarto ano consecutivo de declínio nesse indicador crucial. Com 2,54 milhões de nascimentos registrados, houve uma redução de 3,5% em comparação com o ano anterior, quando o número foi de 2,63 milhões. Essa queda foi ainda mais pronunciada nas regiões Nordeste e Norte, com recuos de 6,7% e 3,8%, respectivamente, segundo os dados divulgados pelas Estatísticas do Registro Civil, pelo IBGE.

TENDÊNCIAS DECRESCENTES E REFLEXOS DA PANDEMIA

Desde 2018, o país vem testemunhando uma diminuição gradual no número de nascimentos, refletindo não apenas uma mudança demográfica, mas também possíveis impactos da pandemia de COVID-19. A gerente da pesquisa, Klívia Brayner, ressalta que essa tendência de queda, juntamente com os efeitos da pandemia, demanda uma análise aprofundada sobre a dinâmica dos nascimentos no Brasil nos últimos anos.

PERFIL MATERNO E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Uma análise detalhada dos registros revela uma mudança no perfil das mães, com mais mulheres optando por ter filhos em idades mais avançadas. Embora a faixa etária predominante ainda seja de 20 a 29 anos, houve um declínio notável nessa categoria em comparação com 2010. Por outro lado, o percentual de mães com idades entre 30 e 39 anos aumentou significativamente.

REDUÇÃO NOS ÓBITOS, MAS AUMENTO ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Em contraste com a queda nos nascimentos, o país registrou uma diminuição de 15,8% no número de óbitos em 2022, em comparação com o ano anterior. Entretanto, preocupantemente, houve um aumento nos óbitos de crianças e adolescentes, especialmente na faixa etária de 0 a 14 anos. Essa tendência levanta questões sobre os impactos da pandemia nessas faixas etárias.

CRESCIMENTO NOS CASAMENTOS E DIVÓRCIOS

Apesar dos desafios enfrentados, houve um aumento notável no número de casamentos civis em 2022, com um aumento de 4,0% em relação ao ano anterior. Destaca-se também o registro recorde de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, refletindo mudanças sociais e legais significativas. No entanto, o mesmo período testemunhou um aumento de 8,6% no número de divórcios, evidenciando dinâmicas complexas nas relações conjugais.

PERSPECTIVAS E REFLEXÕES

À medida que o Brasil enfrenta mudanças demográficas e sociais, é essencial compreender as complexidades por trás dessas tendências. A análise cuidadosa desses dados não apenas informa políticas públicas relevantes, mas também lança luz sobre as necessidades e desafios das famílias brasileiras. Em um cenário de transformações contínuas, adaptar-se e responder a essas mudanças torna-se crucial para o futuro do país.

Fonte: Agência IBGE

Romeu Lima

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