A recente decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), através do desembargador João Carlos Mayer Soares, abriu um novo capítulo na acessibilidade aos tratamentos de doenças autoimunes no Brasil.
O magistrado declarou que a patente do medicamento Stelara (ustequinumabe), utilizado no combate a doenças como Doença de Crohn, psoríase e colite ulcerativa, expirou em 2021.
A decisão possibilita que empresas brasileiras e internacionais comercializem versões mais acessíveis do remédio, um alívio para milhares de pacientes.
A Johnson & Johnson, fabricante do Stelara, manteve a exclusividade de venda do medicamento por meio de medidas judiciais provisórias nos últimos três anos.
No entanto, com o fim dessa exclusividade, o Ministério da Saúde estima uma economia de R$ 130 milhões na compra de cada lote do medicamento.
A expectativa é que essa mudança permita maior acesso a tratamentos de qualidade por preços reduzidos, beneficiando diretamente o sistema público de saúde e os pacientes.
A quebra de patente, ou a expiração de uma patente, significa que a empresa perde o direito exclusivo de fabricar e vender um produto, permitindo que outras companhias desenvolvam versões genéricas ou similares.
No caso do Stelara, essa decisão facilita a entrada de medicamentos biológicos mais baratos no mercado, elevando a concorrência e trazendo mais acessibilidade.
Uma das doenças tratadas com o ustequinumabe, a Doença de Crohn, afeta o trato gastrointestinal, principalmente o intestino delgado e o cólon.
Essa condição inflamatória crônica pode provocar diarreia, cólicas abdominais, febre, e até sangramentos.
A psoríase é outra condição crônica tratada com o Stelara. Ela causa manchas avermelhadas na pele, recobertas por escamas esbranquiçadas, e pode variar de casos leves a formas graves que afetam grandes áreas do corpo.
Embora a causa exata da psoríase seja desconhecida, sabe-se que é uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico ataca erroneamente células saudáveis da pele.
A colite ulcerativa é uma inflamação crônica que afeta o intestino grosso (cólon), causando crises de diarreia com sangue, cólicas abdominais e febre.
Essa condição aumenta o risco de câncer de cólon ao longo do tempo e pode ser incapacitante durante os períodos de crise.
O ustequinumabe, presente no Stelara, é um dos tratamentos que ajudam a reduzir a inflamação e proporcionar alívio para os pacientes.
Fontes: CFF, Biblioteca Virtual em Saúde 01 e 02 e Manual MSD
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deu mais um passo importante na luta contra a dengue…
Durante a última reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), realizada em…
Em meio a uma das piores crises climáticas já vividas na Amazônia, o Ministério da…
Dia 14, a equipe da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde, um…
O Brasil tem experimentado um aumento significativo no número de médicos ao longo dos últimos…
Pacientes que receberam transplantes de órgãos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) no…
This website uses cookies.