Desde 14 de janeiro, o Instagram, plataforma pertencente à Meta, descontinuou todos os filtros criados por terceiros.
Essa medida abrange tanto filtros de joguinhos quanto os de beleza, mantendo apenas as opções desenvolvidas internamente pela empresa.
A decisão visa promover uma relação mais saudável dos usuários com sua própria imagem e tem gerado diversas opiniões entre especialistas e influenciadores.
Adriana Muller, influenciadora digital, acredita que os filtros têm seu lado positivo, mas com cautela.
“Sou a favor dos filtros desde que não causem distorção de imagem. Uso filtros leves para interagir com o público, mas sempre busco respeitar minha aparência real. O problema surge quando o uso se torna um vício, impactando a percepção de identidade”, afirmou.
A psicóloga Mariane Pires Marchetti, especialista em transtornos de ansiedade e terapia cognitivo-comportamental, explicou que o uso excessivo de filtros pode prejudicar a saúde mental.
“Os filtros criam uma versão idealizada de nós mesmos, levando à comparação constante e à sensação de que nossa aparência real não é suficiente. Essa distorção reforça padrões irreais de beleza e afeta a autoestima. Abandonar os filtros pode ser um processo libertador, fortalecendo a autocompaixão e a conexão com a própria essência”, destacou.
Janny Mota, influenciadora digital, decidiu abandonar os filtros há dois anos.
“Percebi que estava me associando à ‘pessoa do filtro’. Quando me olhava no espelho, não me sentia bem com minha imagem real. Foi libertador me desprender dessa dependência. Hoje, as pessoas dizem que sou ainda mais bonita ao vivo, o que me faz sentir confiante”, compartilhou.
Josué Montedonio Nascimento, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, elogiou a decisão do Instagram.
Segundo ele, os filtros digitais incentivam a busca por padrões irreais de beleza, levando muitos pacientes a desejarem modificações que só existem no mundo virtual.
“Nosso papel é promover a autoestima de forma responsável e segura, valorizando a autenticidade. Essa mudança pode incentivar uma relação mais saudável com a própria aparência”, afirmou.
A psicóloga Mariane Pires Marchetti reforça a importância de encontrar um equilíbrio no uso dos filtros.
“Abrir mão dos filtros pode ser libertador, mas é um processo gradual. Aceitar a própria aparência é desafiador em um mundo que valoriza a perfeição. Esse passo pode fortalecer a autoestima e promover uma relação mais saudável consigo mesmo”, explicou.
Adriana Muller destacou que, para ela, o uso de filtros deve ser algo eventual.
“Tem dias que apareço exatamente como acordei, sem filtro, e isso é satisfatório. Mas, em outros dias, um filtro leve ajuda. O importante é não depender disso e sempre respeitar minha realidade”, comentou.
Janny Mota, por sua vez, acredita que a autenticidade é o maior elogio que uma pessoa pode receber.
“Investir no bem-estar e na confiança em si mesmo ajuda a evitar padrões irreais. Cada pessoa deve buscar aquilo que a faz sentir bem, sem se prender a edições digitais”, concluiu.
A decisão do Instagram de remover filtros de terceiros tem o potencial de influenciar uma geração a valorizar mais a naturalidade e a desenvolver uma relação mais positiva com sua imagem.
O caminho é o de um uso consciente das tecnologias, sempre priorizando a saúde mental e o bem-estar.
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