Doenças

Profissionais de saúde são treinados contra o Oropouche no Pará

Entre os dias 21 e 23 de outubro, o Ministério da Saúde reuniu especialistas em laboratórios de referência para padronizar os protocolos de diagnóstico do vírus Oropouche em tecidos e células de humanos e animais, incluindo primatas não-humanos.

‘Realizado no estado do Pará, o treinamento foi organizado pela Coordenação-Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB) e pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), em uma iniciativa para fortalecer a capacidade laboratorial diante do aumento de casos fora da região amazônica.

PARCEIROS E PARTICIPANTES NA LUTA CONTRA O OROPOUCHE

Além de representantes do IEC, a oficina contou com a participação de instituições como a Universidade de Brasília (UnB), Instituto Nacional de Infectologia da Fundação Oswaldo Cruz (INI/FIOCRUZ), Instituto Adolfo Lutz (IAL-SP), Universidade Federal do Paraná (UFPR), e outros centros renomados.

Os especialistas puderam compartilhar experiências e ajustar práticas essenciais para o diagnóstico preciso e precoce do vírus.

NOVOS PROTOCOLOS PARA DIAGNÓSTICOS E TESTES IMUNO-HISTOQUÍMICOS

Durante as atividades, que incluíram etapas teóricas e práticas, foi feita uma padronização dos insumos necessários para os testes imuno-histoquímicos, técnica que permite identificar antígenos virais em amostras de tecido.

Esses testes são fundamentais para detectar infecções como a causada pelo vírus Oropouche, que apresenta sintomas semelhantes aos da dengue e pode levar a complicações se não for corretamente identificado.

AVANÇOS NA CAPACIDADE DIAGNÓSTICA PARA COMBATER O OROPOUCHE

O treinamento integra uma série de ações do Ministério da Saúde para ampliar a detecção do vírus Oropouche em diferentes regiões do Brasil.

Detectado pela primeira vez em uma bicho-preguiça na década de 1960, o vírus é transmitido por insetos como o maruim (Culicoides paraensis) e causa febre, dores musculares e outros sintomas semelhantes aos da dengue.

Atualmente, não há tratamento específico, mas o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são fundamentais para o controle da infecção.

MEDIDAS PREVENTIVAS E CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O VÍRUS OROPOUCHE

Para prevenir novos casos, o Ministério da Saúde reforça a necessidade de medidas de proteção, como o uso de repelentes, roupas que cubram o corpo, e a limpeza de áreas que possam abrigar o vetor da doença.

Em caso de sintomas como dores de cabeça intensas, náuseas e febre, é essencial buscar atendimento médico e informar sobre a possível exposição ao Oropouche.

Fontes: Ministério da Saúde 01 02

Romeu Lima

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