Uma pesquisa recente da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) revelou a presença de álcool em pães de diversas marcas populares.
A divulgação, feita nesta quinta-feira (11), revelou uma questão preocupante para a saúde dos consumidores.
O estudo mostrou que pães de cinco marcas ultrapassam o limite de 0,5% de teor alcoólico, o que os classificaria como bebidas alcoólicas se seguissem essa regulamentação.
As marcas e seus respectivos teores alcoólicos são:
O consumo desses pães pode ter implicações sérias para certos grupos. Gestantes e lactantes, por exemplo, devem evitar a ingestão de álcool devido aos riscos de problemas no desenvolvimento fetal e de saúde mental na criança.
Além disso, duas fatias de pão da marca Visconti contêm 1,69 gramas de álcool, quantidade significativa que poderia até ser detectada em um teste de bafômetro.
A Proteste sugere que, caso os pães fossem medicamentos fitoterápicos, seria necessária a inclusão de advertências nas embalagens de oito marcas.
Os níveis de álcool em uma única fatia de pão ultrapassam o limite de segurança para crianças, de acordo com diretrizes pediátricas europeias.
Por exemplo, uma fatia de pão Visconti contém 843 mg de etanol, muito acima do limite de 75 mg para uma criança de 12,5 kg.
A contaminação dos pães com álcool ocorre durante a adição de conservantes na fabricação.
O álcool utilizado para diluir esses conservantes deveria evaporar completamente antes do consumo, mas se a quantidade de conservante ou sua diluição for excessiva, o teor de etanol no pão pode permanecer elevado.
A Pandurata Alimentos, responsável pela fabricação dos produtos Bauducco e Visconti, afirmou seguir rigorosos padrões de segurança alimentar e possuir certificação reconhecida globalmente.
Já o Grupo Wickbold, responsável pelas marcas Wickbold e Seven Boys, reforçou seu compromisso com a qualidade e segurança dos produtos, mas destacou que não foi notificado oficialmente sobre o estudo.
Após a divulgação dos resultados, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu um processo para avaliar possíveis medidas a serem adotadas.
A Proteste enviou um ofício ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com os resultados do teste, sugerindo um percentual máximo de álcool nos pães e ações de fiscalização.
A nutricionista do Hospital Universitário da USP de Ribeirão Preto, em entrevista à CNN, alertou sobre a importância de os consumidores estarem atentos aos ingredientes dos alimentos.
A recomendação é optar por produtos com menos aditivos alimentares para garantir uma ingestão mais consciente e saudável.
Fontes: Agência Brasil e CNN
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