O setor farmacêutico na América Latina continua a ser liderado pelo Brasil, destacando-se com uma representatividade de 54,7% no faturamento do setor entre agosto de 2022 e agosto de 2023. Os mercados mexicano e argentino, embora relevantes, ficam atrás, com 18% e 6,9%, respectivamente. A região responde por impressionantes 79,6% do faturamento do setor.
Dentro desse cenário, é notável que 8 em cada 10 farmácias no Brasil são de pequenas empresas. Apesar de manter a liderança, o varejo farmacêutico brasileiro não foi o que mais cresceu recentemente. A Argentina registrou um avanço notável de 102,2% no período entre agosto do ano passado e o mesmo mês de 2023, enquanto o Brasil e o México apresentaram crescimentos mais modestos, de 14,8% e 4,9%, respectivamente. A Bolívia foi a única nação a observar uma retração de -4,3%.
Preços e Preferências do Consumidor: Elementos Chave do Setor
Independentemente do país, os preços desempenham um papel crucial no setor farmacêutico latino-americano, com uma influência de 10,2% no comportamento do consumidor. A abertura de novos pontos de venda (PDVs) e inovações têm participações significativamente menores. Além disso, as preferências dos consumidores variam: no Brasil, os não medicamentos lideram com 29% das transações, enquanto na Argentina e no México, os genéricos de marca dominam, representando 86% e 71% das vendas, respectivamente.
A dinâmica entre farmácias de rede e independentes varia entre os países. No Brasil e no México, a disputa é acirrada, com uma ligeira vantagem para as redes (52% a 48% e 67% a 33%, respectivamente). No entanto, a Argentina se destaca como a terra do empreendedorismo independente, com 75% das farmácias operando de forma independente.
Um vídeo viral de um homem narrando a presença de várias farmácias concorrentes em uma rua de Brasília levanta a questão: por que tantas farmácias no país? O crescimento do setor, impulsionado pelas grandes redes, e o uso sofisticado de dados para a abertura de novas unidades são fatores-chave. Com cerca de 90 mil estabelecimentos, o setor farmacêutico brasileiro cresceu 63% em 20 anos.
Apesar dos desafios, as farmácias de pequeno e médio porte desempenham um papel crucial na economia e saúde pública do Brasil, representando 84% do mercado farmacêutico nacional. Com mais de 100 mil drogarias em todo o país, essas empresas oferecem produtos e serviços essenciais, contribuindo para a geração de empregos, renda e inovação.
Enquanto as farmácias de pequeno porte enfrentam desafios como a concorrência das grandes redes e a pressão por preços baixos, elas proporcionam benefícios significativos às comunidades locais. Oferecem atendimento personalizado, conexão local, resposta rápida às necessidades e uma variedade diversificada de produtos. Além disso, desempenham um papel vital na prevenção de doenças, na educação sanitária, na geração de empregos e renda, e na inclusão social.
Apesar do crescimento constante, o setor farmacêutico enfrenta desafios, como a competição acirrada e os impactos de eventos como a pandemia. A inteligência de dados, tanto por grandes redes quanto por farmácias associativas, destaca-se como uma ferramenta essencial para a expansão e adaptação do setor. O setor continua a se reinventar, explorando novos serviços de saúde, vendas online e entregas, enquanto as pequenas farmácias buscam se destacar com atendimento personalizado e serviços adaptados às necessidades locais.
Fonte: Panorama Farmacêutico, Estadão e Bis News
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