Nos últimos dois anos, o Brasil viu um número significativo de farmácias fecharem as portas. Segundo um estudo realizado pela IQVIA, quase 90% das farmácias que encerraram suas atividades são estabelecimentos independentes. Dos 7.784 pontos de venda (PDVs) que fecharam, 6.823 eram pequenas farmácias.
A pesquisa da IQVIA analisou farmácias que deixaram de operar ou não apresentaram faturamento nos últimos três meses até março deste ano. Comparando com a abertura de novas lojas, a diferença é impressionante.
Das 16.386 novas farmácias abertas no mesmo período, 63,9% são independentes. Apesar de serem maioria nas novas inaugurações, também são as mais vulneráveis ao fechamento.
Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR e professor da USP, aponta a consolidação das grandes redes como um fator crucial para o fechamento das pequenas farmácias.
“Com grandes redes se consolidando frente a PDVs independentes, o espaço para novos entrantes no mercado torna-se ainda mais estreito. E esse cenário fica ainda mais desafiador a partir de oscilações geradas por fatores como a inflação e a inadimplência”, observa.
Apesar de possuírem o maior número de lojas maduras, com 41.320 PDVs, as farmácias independentes são as que mais sofrem com a retração nas vendas, registrando uma queda de 5%. Em contraste, as grandes redes de farmácias, que possuem 8.865 unidades maduras, apresentaram um crescimento nas vendas de 1,7%.
Luiz Rabi, economista-chefe do Serasa Experian, explica que a retração no consumo é um dos principais motivos para o fechamento das farmácias. “Estamos registrando um movimento de recuo na inflação e nas taxas de juros, com evolução dos empregos formais.
Porém, 72 milhões de brasileiros ainda convivem com a inadimplência e devem para quatro credores em média. Com isso, vão priorizar a quitação desses débitos, o que trava a retomada do consumo”, adverte.
Com a diminuição do fluxo nas lojas físicas, muitas farmácias tentam se adaptar ao mundo digital, mas enfrentam grandes desafios. Rodnei Domingues, diretor de pesquisa do Instituto Axxus, destaca que a maioria dessas farmácias não está preparada para o ambiente online.
“Esse nicho de farmácias vive um fosso digital. O uso de canais online para programas de fidelidade inexiste em 99% dos estabelecimentos, enquanto 83% não fazem propaganda nas mídias sociais”, completa.
Fonte: Panorama Farmacêutico
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