O Estado do Pará alcançou um marco inédito na área de saúde: o maior número de doadores elegíveis para transplantes de órgãos sólidos.
Esse recorde é reflexo de anos de trabalho dedicado à conscientização da população e à capacitação de profissionais de saúde, conforme explica Alfredo Abud, coordenador da Central Estadual de Transplantes (CET).
Com o avanço registrado, o Pará já ultrapassou os números de 2023, consolidando sua posição como referência em doações de órgãos sólidos. Os destaques incluem recentes doações que transformaram vidas:
Esses casos simbolizam como a solidariedade e a estruturação do sistema de transplantes podem trazer esperança para pacientes em lista de espera.
Os doadores elegíveis são aqueles que atendem aos critérios médicos para a doação de órgãos sólidos, como fígado e rins.
Esse número não inclui doações mais comuns, como de córneas e medula óssea, que também são importantes, mas possuem processos distintos.
De acordo com Alfredo Abud, esses números destacam o avanço do Pará em uma área que exige precisão, logística e, acima de tudo, confiança por parte das famílias e dos profissionais envolvidos.
Existem dois tipos principais de doadores:
No Brasil, mesmo que a pessoa tenha manifestado em vida o desejo de doar órgãos, a autorização da família é indispensável.
Sem essa permissão, a doação não pode ser realizada. Por isso, é fundamental que todos os que desejam ser doadores conversem com seus parentes, explicando sua vontade.
Quando ocorre o diagnóstico de morte encefálica, uma equipe especializada aborda a família para discutir o processo de doação.
Esse momento é delicado, pois combina a dor da perda com a possibilidade de transformar vidas.
Cada órgão tem um tempo limite de isquemia, ou seja, o período entre a interrupção do fluxo sanguíneo no doador e o implante no receptor. Os tempos aceitáveis são:
Esses limites exigem logística eficiente, com transporte rápido e equipes prontas para realizar os transplantes.
Para ser doador, não é necessário registrar a intenção em documentos ou cartórios.
O mais importante é informar sua família sobre essa decisão. A conscientização é um passo essencial para garantir que o desejo do doador seja respeitado.
Além disso, campanhas educativas, como as promovidas no Pará, ajudam a desmistificar o processo de doação e encorajam as pessoas a terem conversas abertas sobre o tema.
O momento de autorizar a doação é desafiador para as famílias, mas pode significar um gesto de amor que transforma vidas.
Cada doador tem o potencial de beneficiar várias pessoas, devolvendo qualidade de vida e esperança para quem aguarda na fila por um transplante.
Fontes: Agência Pará e Ministério da Saúde 01, 02 e 03
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