Canetas de insulina em fundo laranja, de perto Por towfiqu98
Nos últimos anos, o medicamento Ozempic, originalmente desenvolvido para o tratamento de diabetes, ganhou popularidade como uma solução para perda de peso.
No entanto, essa fama trouxe consigo um problema inesperado: uma onda de roubos em farmácias brasileiras.
Segundo dados do governo de São Paulo, os roubos de Ozempic, Wegovy e Saxenda — medicamentos injetáveis para emagrecimento — aumentaram drasticamente.
Em 2022, houve apenas um registro de roubo, mas em 2023 esse número saltou para 18 casos, chegando a 39 em 2024, um aumento de 116,7%.
O Ozempic e medicamentos similares são altamente valorizados no mercado ilegal devido ao seu alto custo e à demanda crescente por soluções rápidas para perda de peso.
No Brasil, onde a obesidade está em ascensão e a busca por um corpo “ideal” é uma obsessão cultural, esses medicamentos se tornaram artigos de luxo.
Cada caixa de Ozempic pode custar entre R$ 700 a R$ 1.100, o que facilita a revenda em mercados ilegais, especialmente em grupos de WhatsApp e Facebook.
As farmácias têm se tornado alvos frequentes de criminosos. Muitas operam 24 horas por dia e armazenam os medicamentos em geladeiras com pouca segurança, protegidas apenas pelos farmacêuticos.
Wilson Martins, gerente da farmácia Farma O Imperador, relata que a pergunta mais comum que recebe é: “Você tem Ozempic?”.
Para evitar roubos, muitas farmácias independentes decidiram não estocar o medicamento, exigindo que os clientes façam encomendas pessoalmente.
Pedro Ivo Corrêa dos Santos, chefe de polícia do Departamento de Investigação Criminal do Estado de São Paulo, explica que as farmácias são alvos fáceis devido à falta de segurança adequada.
Além disso, alguns grupos criminosos têm roubado caminhões que transportam Ozempic no atacado, contando até com a participação de funcionários de empresas de transporte.
Apesar dos roubos, as vendas de Ozempic continuam em alta. No Brasil, as vendas saltaram de US$ 27,5 milhões em 2019 para US$ 621,6 milhões em 2023.
No entanto, a qualidade dos medicamentos roubados é questionável, já que o Ozempic precisa ser mantido refrigerado para manter sua eficácia.
Vários farmacêuticos alertam que, após algumas horas fora da geladeira, o medicamento pode se tornar inútil.
A popularidade do Ozempic também foi impulsionada por celebridades brasileiras que falaram publicamente sobre seu uso para perda de peso.
Cantores como Luiza Possi, Wesley Safadão e Jojo Todynho já mencionaram o medicamento, e até o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou ter usado Ozempic durante sua campanha em 2024, prometendo disponibilizá-lo gratuitamente.
A patente da semaglutida, o princípio ativo do Ozempic e do Wegovy, expira no Brasil em 2026, o que deve abrir caminho para versões genéricas e uma queda significativa nos preços.
Enquanto isso, farmácias e autoridades buscam soluções para conter a onda de roubos, desde a instalação de câmeras de segurança até a redução de estoques.
Fontes: Folha de São Paulo e Panorama Farmacêutico
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