As pessoas podem estar cansadas de ouvir seja sobre a pandemia ou sobre a covid-19. Mas um evento que aconteceu com tal magnitude mundial e com um número de mortes tão extensa afetou o comportamento de muitos setores, mas felizmente para o melhor.
Uma parceria um tanto inesperada durante a pandemia foi do Sistema Único de Saúde (SUS) com os setores privados de saúde, sendo hospitais ou laboratórios. Acreditava-se que a responsabilidade fosse cair totalmente sobre o SUS e que tanto o setor privado e o setor público agiriam separadamente e de forma independente.
Claramente, o SUS se tornou um símbolo de luta nacional contra a doença e de sua competência ao criar uma campanha gigantesca de vacinação de forma rápida e eficaz. E mostrou que a saúde no Brasil é realmente única, não no sentido governamental, mas na junção entre os dois setores.
Na rede privada de hospitais, ao que parece, muita coisa mudou também. Principalmente a visão da gestão com relação aos pacientes, mudando sua estratégia assistencial, onde a instituição acompanha e monitora o paciente durante a sua vida. Sinceramente, a onda de empatia que os funcionários da área da saúde tiveram com os pacientes e vice-versa, ajudou nessa mudança. Houve uma forte conexão que fez essa aproximação entre os dois grupos.
Daniel Greca, diretor de Saúde Populacional do Hospital Sírio-Libanês cita que: “É necessário um acompanhamento de início, meio e fim, para saber onde alocar o paciente no momento certo, com o custo correto e sem desperdícios. Não basta falar sobre o Outubro Rosa por exemplo; isso tem de fazer parte de um modelo assistencial e o paciente precisa entendê-lo como tal.”
Um comentário que pode parecer óbvio, mas ainda considerado válido. Era para ser assim desde do início, o acompanhamento, a atenção com o paciente, vê-lo como ele realmente é, uma pessoa que geralmente está enferma, debilitada e que precisa de atenção e não ser vista como mais um na fila. Acaba que o paciente se torna o que não deveria, um cliente.
Ana Paula Pinho, diretora do Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, enxergou as parcerias público-privadas como um caminho para a melhora no tratamento e gestão, ela afirma que: “todos têm um papel efetivo na execução dos serviços de saúde. Podemos pensar na ampliação do acesso estabelecendo parcerias comprometidas.”
Esse tipo de parceria já vem de 13 anos atrás e que deveria ter uma maior repercussão e expandido. O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). Uma aliança entre seis hospitais de referência no Brasil e o Ministério da Saúde, com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde.
Um problema que pode aparecer futuramente no SUS para o seu desenvolvimento mesmo que a pandemia tenha acabado foi, infelizmente, a redução de recursos destinado a saúde para 2023. Sendo R$ 22,7 bilhões a menos que o ano anterior, um valor extremamente significativo. E esse valor pode aumentar e chegar a R$ 60 bilhões se for considerado o teto de gastos. Já no setor privado, os planos de saúde podem aumentar, já que foi sancionada uma lei em setembro que obriga operadoras a cobrirem itens fora da lista do rol. Beneficiando os pacientes, mas que os representantes dos planos explicam que isso pode encarecer os valores.
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