Na última sexta-feira, 22, a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre o aumento do surto de cólera no mundo desde o ano de 2022. Além disso, também informou sobre a necessidade de controlar os episódios que, até agora, afetam mais de 20 países.
A cólera causa um quadro de infecção intestinal aguda e pode levar à morte, principalmente de crianças, idosos e pessoas com a saúde frágil.
Segundo a OMS, no ano passado, o número de casos notificados dobrou em relação a 2021. Em 2022, 44 países tiveram registros, um aumento de 25% nas localidades com episódios em relação ao ano anterior.
A doença tem forte relação com problemas de saneamento básico e falta de acesso à água potável, pois vai se espalhando por meio de água e alimentos contaminados com fezes infestadas pela bactéria Vibrio cholerae, causadora da cólera. Este cenário ocorre tanto em países subdesenvolvidos quanto em áreas afetadas por conflitos e guerras.
De acordo com a OMS, o crescimento de surtos da doença está ligado ainda a eventos climáticos extremos, como secas, inundações e ciclones. Para este ano, os dados preliminares indicam que a cólera segue avançando com surtos ativos em 24 países.
“O aumento da procura de materiais contra a cólera tem sido um desafio para os esforços de controle de doenças em nível mundial. Desde outubro de 2022, o Grupo de Coordenação Internacional – o organismo que gere o abastecimento de emergência de vacinas – suspendeu o regime padrão de vacinação de duas doses nas campanhas de resposta a surtos de cólera, utilizando em vez disso uma abordagem de dose única”, informou.
Em 2022, foram registrados 472.697 casos nos continentes africano, asiático e europeu – neste último, os episódios foram importados. Houve registros também na Oceania. Não houve notificações nas Américas. Ao todo, 2.349 pessoas morreram.
Uma outra preocupação da OMS é que, além de mais surtos, a população atingida também está crescendo. No Afeganistão, Camarões, República Democrática do Congo, Malawi, Nigéria, Somália e República Árabe Síria foram notificados mais de 10 mil casos suspeitos e confirmados. “Quanto maior o surto, mais difícil é controlá-lo”, diz o comunicado da entidade.
Por conta do cenário, a OMS disse que recorreu a 160,4 milhões de dólares para responder aos surtos por meio do plano estratégico global de preparação, prontidão e resposta. No ano passado e neste ano, foram liberados 16,6 milhões de dólares do Fundo de Contingência para Emergências da OMS para resposta à cólera.
Fonte: Revista Veja
Foto: Luis Carlos Moreira/VEJA/VEJA)
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