A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta crítico sobre o aumento de ataques de ransomware no setor de saúde, que estão desestabilizando sistemas hospitalares e colocando a segurança dos pacientes em risco.
Em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, líderes mundiais discutiram as implicações desse tipo de crime cibernético e propuseram ações urgentes para proteger a infraestrutura global de saúde.
Conforme relatório global de 2021, mais de um terço das instituições de saúde já foram vítimas de ransomware, e algumas chegaram a pagar o resgate para reaver dados.
Ataques desse tipo causam desde perturbações até sérios prejuízos financeiros, chegando a bilhões de dólares anuais.
O Diretor Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou a gravidade do problema, afirmando que esses crimes afetam a confiança pública e podem ser fatais em casos extremos.
Ransomware é um tipo de malware que bloqueia o acesso a dados ou sistemas críticos de uma vítima até que um resgate seja pago.
Enquanto inicialmente os alvos eram mais frequentemente indivíduos, o ransomware evoluiu para ameaçar especialmente organizações, sendo agora executado de forma mais sofisticada por invasores humanos.
Nesses casos, os atacantes invadem redes corporativas, utilizam inteligência coletiva e, em alguns casos, até documentos financeiros da própria empresa para determinar o valor do resgate.
Esse tipo de ataque torna a prevenção e a reversão ainda mais desafiadoras.
O setor de saúde tornou-se um alvo preferencial para criminosos cibernéticos devido ao alto valor dos dados médicos.
O caso do Hospital Universitário de Brno, na República Tcheca, e do Health Service Executive na Irlanda exemplificam os danos que esses ataques podem causar.
Em 2024, a Ascension Healthcare sofreu um ataque severo que paralisou seus sistemas, afetando diagnósticos e obrigando a equipe a usar métodos manuais, o que impactou diretamente a qualidade e agilidade do atendimento.
Para enfrentar a crise, a OMS e outras agências da ONU estão desenvolvendo normas e diretrizes, com planos de reforçar a segurança cibernética no setor de saúde até o próximo ano.
Em janeiro, foram publicados relatórios em colaboração com a INTERPOL e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), visando orientar países na defesa contra esses crimes.
Líderes do Conselho de Segurança, incluindo Anne Neuberger, dos EUA, reforçaram a importância de uma postura global unificada contra o ransomware.
Nações como França e China destacaram a necessidade de regulamentação e a importância de os países assumirem responsabilidade em combater ataques originados de seus territórios.
A OMS pede cooperação global, lembrando que, assim como vírus, ataques cibernéticos não respeitam fronteiras.
Enquanto os países debatem a criação de convenções para tratar crimes cibernéticos, especialistas reforçam que a segurança de infraestruturas críticas, como hospitais, deve ser prioridade.
Conforme enfatizado por Tedros, além de investir em tecnologias avançadas, é crucial capacitar as equipes de saúde, transformando-as no elo forte para evitar ataques e proteger vidas.
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