De acordo com a entidade, a mudança climática pode aumentar o risco de transmissão de doenças e interferir nos meios de subsistência das populações pelo mundo
O aumento da temperatura global pode levar a mais de 9 milhões de mortes relacionadas ao clima a cada ano até o final do século, apontou um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado ontem. De acordo com o documento, a mudança climática aumenta o risco de transmissão de doenças, altera os processos produtivos e interfere nos meios de subsistência de populações espalhadas pelo mundo, de forma desigual.
“Todos os aspectos da saúde são afetados pelas mudanças climáticas – desde ar, água e solo limpos até sistemas alimentares e meios de subsistência”, apontou o relatório, acrescentando: “Mais atrasos no combate às mudanças climáticas aumentarão os riscos à saúde, prejudicarão décadas de melhorias na saúde global e violarão nossos compromissos coletivos”, apontou o relatório.
De acordo com os objetivos de desenvolvimento sustentável adotados pelas Nações Unidas em 2015, foi acordado trabalhar para acabar com a pobreza e a desigualdade e garantir uma vida saudável que promova o bem-estar para todos.
No entanto, países africanos, nações mais pobres e pequenos Estados insulares em desenvolvimento, apesar de contribuir menos historicamente para as emissões globais, enfrentam as maiores consequências das mudanças climáticas, disse a OMS.
“Dentro dos países também pode haver grandes disparidades naqueles mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas. Populações que vivem na pobreza, idosos, mulheres, crianças, povos indígenas, trabalhadores ao ar livre, socialmente isolados e pessoas com condições médicas pré-existentes geralmente correm maior risco. Aproximadamente 2 bilhões de pessoas não têm acesso a água potável segura. Além disso, existem cerca de 600 milhões de casos de doenças transmitidas por alimentos em todo o mundo” diz o relatório.
O impacto no das mudanças nos padrões de temperatura e chuva também ameaçam aumentar a transmissão de doenças por mosquitos, carrapatos e roedores, ainda de acordo com a organização, o que já mata mais de 700 mil pessoas por ano.
Enquanto algumas regiões enfrentam secas severas e outras enfrentam inundações e conflitos, surtos de doenças – incluindo o vírus Marburg, cólera e poliomielite selvagem – estão sobrecarregando recursos, profissionais de saúde e infraestrutura limitadas.
No cenário atual, para fins de comparação, a organização considera que um bilhão de pessoas em 43 países correm isco de contrair cólera, tratada por um representante como a “pandemia dos pobres” por um porta-voz do Unicef durante uma coletiva em Genebra ontem.
O relatório apresentado pela OMS também trouxe um balanço da pandemia da Covid-19.
De acordo com a organização, os dois primeiros anos da pandemia custaram quase 337 milhões de anos de vida, ao provocar a mortes prematuras. O balanço oficial de mortes atribuídas à doença é atualmente de 6,9 milhões de pessoas.
— É como perder 22 anos de vida para cada morte — disse Samira Asma, chefe adjunta de dados e análises.
A Organização Mundial de Saúde decidiu suspender o nível máximo de alerta sanitário para a Covid-19 ao identificar que o número de mortos começou a aumentar em um ritmo mais lento do que o visto anteriormente. A organização alertou, contudo, que a doença não desapareceu depois de mais de três anos de pandemia.
Texto fonte: Bloomberg e AFP
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