A obesidade, reconhecida como um sério risco para diversas doenças, como AVC, câncer, diabetes e hipertensão, carece de uma classificação específica pela OMS. No Brasil, os médicos buscam enfrentar esse problema, especialmente em pacientes dependentes do Sistema Único de Saúde (SUS), explorando diferentes abordagens de tratamento, incluindo a cirurgia bariátrica.
A obesidade clínica, marcada pelo acúmulo de tecido adiposo, desencadeia disfunções nos órgãos e afeta a mobilidade. A inflamação crônica resultante não apenas prejudica o sistema imunológico, mas também eleva o risco de desenvolver condições como diabetes tipo 2. Já a obesidade pré-clínica ocorre quando há adiposidade, mas sem lesões ou disfunções nos órgãos.
No SUS, a oferta de tratamentos para obesidade resumi-se ao aconselhamento nutricional e à cirurgia bariátrica. Esta última é destinada a pacientes com IMC igual ou superior a 40, ou acima de 35 com comorbidades. O acesso a esse tratamento via SUS envolve uma avaliação rigorosa e espera de cinco a dez anos na fila, tornando a jornada ainda mais desafiadora.
Os planos de saúde também cobrem a cirurgia bariátrica, submetendo os pacientes a avaliações prévias de saúde. Além disso, oferecem medicamentos já conhecidos no combate à obesidade. Contudo, a incorporação desses medicamentos ao SUS exige evidências de redução da mortalidade e custo-efetividade, um processo ainda não consolidado.
Indicada para pacientes com IMC acima de 40 que vivem há pelo menos cinco anos com obesidade, a cirurgia bariátrica busca uma redução no tamanho do estômago. Esse procedimento não apenas limita a ingestão de alimentos, mas também influencia a produção de hormônios associados à saciedade, promovendo mudanças endócrinas que afetam os hábitos alimentares.
Os dois tipos principais de cirurgia bariátrica, bypass gástrico e sleeve gástrico, apresentam abordagens distintas. Enquanto o bypass altera o estômago e o intestino, o sleeve introduz uma banda para reduzir a boca do estômago. Ambos visam à redução da capacidade estomacal, sendo o bypass mais invasivo, modificando também o intestino.
A recuperação pós-bariátrica abrange 2 a 4 semanas. Nos primeiros 14 dias, a alimentação é líquida, evoluindo para pastosa na terceira semana e semi-sólida na quarta. Ao fim de 30 dias, a alimentação se assemelha à fase pré-operatória, marcando uma transição gradual para novos hábitos alimentares.
Enquanto a cirurgia bariátrica se destaca como uma intervenção eficaz, os desafios persistem, especialmente no acesso via SUS. A necessidade de tratamentos mais acessíveis e a incorporação de novas terapias ao sistema público de saúde são cruciais para combater essa crescente epidemia de obesidade no Brasil.
Fonte: Folha de São Paulo
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