A participação de mulheres nas posições de liderança no mercado de trabalho tem sido um ponto de destaque nos últimos anos, especialmente no setor da saúde. Onde antes predominava o domínio masculino, hoje vemos uma mudança gradual, porém significativa. Cargos de direção, presidência e C-Level, bem como participações em eventos, conselhos e palcos, que anteriormente eram predominantemente masculinos, agora contam com a presença marcante de mulheres líderes, ainda que de forma gradual.
No Brasil, um relatório recente da Grant Thornton revelou um avanço considerável, com as mulheres ocupando 38% dos cargos de liderança. Entretanto, na área da saúde, apesar da predominância feminina entre os profissionais, apenas 25% das posições de liderança são ocupadas por mulheres, conforme apontado pelo relatório da Women in Global Health. Esse contraste evidencia a necessidade de esforços contínuos para promover uma representação mais equitativa e inclusiva no ambiente corporativo.
LIDERANÇA FEMININA E O FUTURO DA SAÚDE: VOZES QUE TRANSFORMAM
Para entender melhor o papel da liderança feminina no futuro da saúde, entrevistamos mulheres líderes do setor no Brasil. Suas respostas não apenas reforçam a importância estratégica das mulheres como agentes de mudança, mas também destacam seu papel crucial na promoção de um acesso mais equitativo aos serviços de saúde.
VISÕES E CONTRIBUIÇÕES DAS LÍDERES
Adriana Costa, diretora geral da Siemens Healthineers no Brasil, enfatiza a importância da diversidade e destaca o impacto positivo do investimento na saúde das mulheres para a economia global.
Amanda Spina, presidente da Johnson & Johnson Innovative Medicine Brasil, ressalta a necessidade de equilíbrio de gênero na liderança do setor farmacêutico e a importância da diversidade e inclusão como vantagem competitiva.
Angélica Nogueira, presidente-eleita da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), destaca o papel das médicas na prevenção e redução de riscos de doenças à saúde, especialmente diante do aumento das doenças crônicas no país.
Claudia Cohn, diretora de negócios nacionais da Dasa e diretora executiva do Alta Diagnósticos, enfatiza a importância das habilidades interpessoais das mulheres na promoção de uma comunicação mais empática e na melhoria da qualidade do atendimento ao paciente.
Denise Santos, CEO da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, destaca a importância da promoção de uma cultura organizacional que valorize a diversidade, equidade e inclusão, essenciais para enfrentar os desafios do setor de saúde.
Isabella Wanderley, general manager da Novo Nordisk no Brasil, destaca o papel da liderança feminina na promoção de um ambiente mais inclusivo e na estimulação da inovação em diferentes setores.
Jeane Tsutsui, CEO do Grupo Fleury, ressalta a importância da prevenção e do acompanhamento integral da saúde, especialmente diante do envelhecimento da população.
Lorice Scalise, presidente da Roche Farma Brasil, destaca o compromisso da empresa com a equidade de gênero e a promoção de políticas inclusivas, visando impulsionar avanços significativos na área da saúde.
Luciana Holtz, presidente e fundadora do Instituto Oncoguia, destaca o papel das lideranças femininas na priorização do cuidado centrado e empático diante da doença.
Maria Claudia Villaboim Pontes, CEO da Weleda Brasil e América Latina, ressalta a importância da liderança feminina na promoção de um cuidado integral e humanizado, que abranja todas as dimensões do ser.
Marlene Oliveira, fundadora e presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, destaca o papel das lideranças femininas na defesa dos direitos dos pacientes e na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Patricia Frossard, CEO da Philips, destaca o papel das mulheres na humanização do cuidado e na promoção da diversidade em saúde, essenciais para impulsionar avanços significativos no setor.
Renata Campos, CEO Brasil da Eurofarma, destaca a importância da promoção da diversidade nas organizações e o papel das mulheres na inspiração e no impulsionamento de outras mulheres para cargos de liderança.
Valda Stange, CEO da TopMed, destaca o papel das mulheres na transformação da saúde digital e na promoção de um sistema de saúde mais acessível, eficiente e humano.
Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde, destaca a importância da expansão da presença feminina no mercado de trabalho e na promoção de um sistema de saúde mais inclusivo e equitativo.
UM COMPROMISSO COM A TRANSFORMAÇÃO
A partir das visões e contribuições das líderes entrevistadas, fica evidente que a liderança feminina desempenha um papel fundamental na moldagem do futuro da saúde. Suas vozes trazem inovação, humanização e um compromisso contínuo com a promoção da equidade e inclusão no setor.
Como agentes de mudança, as mulheres líderes estão impulsionando avanços significativos, não apenas no presente, mas também na construção de um futuro mais promissor e sustentável para a saúde de todos.