Foto: REUTERS GEORGE FREY FILE PHOTO
Nos últimos meses, o nome Mounjaro tem circulado nas redes sociais, consultórios médicos e academias. O medicamento à base de tirzepatida, utilizado para o tratamento de diabetes tipo 2, também foi aprovado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para auxiliar na perda de peso, porém com a popularidade, surgiram também os exageros, os mitos e perigos sobre o uso do remédio.
Para explicar e responder as principais dúvidas, conversamos com o endocrinologista, Dr. Rubens Tofolo, especialista em metabolismo e tratamento da obesidade.
De acordo com ele, a medicação é à base de dois hormônios intestinais nomeados GLP-1 e GIP, que atuam no sistema nervoso central na região do hipotálamo, sendo responsável por fornecer mais saciedade.
Todo mundo pode usar o Mounjaro?
“Definitivamente, não é um medicamento para qualquer pessoa que deseja emagrecer rapidamente”, alerta Dr. Rubens. “A tirzepatida deve ser prescrita com critério, dentro de um contexto de tratamento supervisionado, principalmente em pacientes com obesidade ou sobrepeso com comorbidades.”
Ou seja: o uso recreativo ou meramente estético, sem indicação médica, é um risco à saúde.
Nutrição e atividade física continuam essenciais para o corpo humano
Mesmo com o uso do Mounjaro, alimentação saudável e exercícios físicos seguem indispensáveis no processo de emagrecimento.
“O remédio ajuda a controlar a saciedade e o apetite, mas não ensina ninguém a comer melhor. Sem acompanhamento nutricional e mudança de hábitos, o peso perdido pode voltar assim que a medicação for suspensa”, explica o endocrinologista.
Segundo ele, aliar o tratamento à prática regular de exercícios é fundamental para manter a massa magra e garantir uma perda de peso mais saudável e sustentável.
Rubens Tofolo alerta sobre o Mounjaro causar alguns malefícios, como alterações no pâncreas, ocasionando a pancreatite, alteração do trato gastrointestinal e esofagite. Alguns pacientes que apresentam problemas de visão também não devem usar o medicamento, visto que pode levar a uma cegueira transitória, por essa questão só deve ser prescrito por médicos.
Queda de cabelo: efeito colateral comum?
“Sim, mas com contexto. A queda de cabelo relatada por muitos pacientes não é um efeito direto do Mounjaro, mas da rápida perda de peso que ele pode provocar.”
“Qualquer processo de emagrecimento muito acelerado pode levar à queda de cabelo, porque o corpo entende isso como um sinal de estresse. A boa notícia é que, com acompanhamento e suplementação adequada, esse efeito pode ser minimizado ou revertido”, afirma Dr. Rubens.
Entre os efeitos adversos mais comuns do Mounjaro estão náuseas, constipação, diarreia, refluxo e dor abdominal leve. “Esses sintomas costumam aparecer no início do tratamento e tendem a diminuir com o tempo”, explica o médico.
Casos mais graves, como pancreatite ou hipoglicemia, são raros e geralmente relacionados ao uso incorreto ou em pacientes com outras condições clínicas.
O endocrinologista acende o alerta para a atenção dos consumidores com as canetas falsas, sem procedência ou aprovação da Anvisa, que costumam ser comercializadas após a popularidade de produtos como este.
“Já atendi pacientes que compraram pela internet ou em redes sociais, achando que estavam economizando, e acabaram se intoxicando ou simplesmente não tiveram efeito algum”, conta Dr. Rubens.
A orientação é clara: nunca compre medicamentos fora de farmácias autorizadas e exija sempre a nota fiscal.
“Sim, Mulheres que estão em idade fértil e que usam anticoncepcionais, recomendamos que acrescente também o uso de preservativos.”
“Ele é injetado de forma subcutânea, uma vez por semana. A medicação tem ação de sete dias no nosso corpo.”
“Em geral não recomendamos o uso de bebidas alcoólicas para quem está fazendo administração do Mounjaro, pois o álcool pode aumentar os efeitos colaterais, e assim o indivíduo pode ter diarreia, constipação e vômitos.”
“A diferença é que a caneta Ozempic é formada só por um hormônio, que é o GLP-1, enquanto o Mounjaro contempla o GLP-1 e o GIP. Além disso ele possui menos efeitos colaterais, e tem mais potência que a Ozempic.”
O endocrinologista pontua que promessa de emagrecimento rápido não deve ser maior que a prioridade pela saúde.
“Não existe fórmula mágica. Existe tratamento sério, personalizado e com orientação profissional”, finaliza Dr. Rubens Tofolo.
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