O Ministério da Saúde confirmou no último domingo (12) o terceiro caso de varíola dos macacos no Brasil. O paciente é um homem de Porto Alegre (RS) que tem 51 anos.
O homem esteve em Portugal, e chegou ao Brasil no dia 10 de junho. Ele já está em isolamento domiciliar, junto com os seus contatos, e apresenta um quadro clínico considerado estável, não apresenta complicações e está sendo monitorado pelas secretarias de Saúde do estado e município.
“Todas as medidas de contenção e controle foram adotadas imediatamente após a comunicação de que se tratava de um caso suspeito de monkeypox, com o isolamento do paciente e rastreamento dos seus contatos, tanto nacionalmente quanto do voo internacional, que contou com o apoio da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), afirmou o ministério, em nota.
Até agora, já são três casos confirmados, dois em São Paulo e um no Rio Grande do Sul. Mais seis casos suspeitos estão sob investigação. Todos estão em isolamento e monitoramento. O governo federal criou uma sala de situação para acompanhar a proliferação da doença.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), já são mais de mil casos confirmados em 29 países. Não foi registrada nenhuma morte.
A doença é causada pelo monkeypox, vírus do gênero Orthopoxvirus. Há também um patógeno do mesmo gênero, que ocasiona a varíola, doença erradicada em 1980.
Mesmo com a semelhança , há diferença entre ambas doenças, principalmente pela letalidade. A varíola matava em torno de 30% dos infectados. A varíola dos macacos tem uma taxa de mortalidade em cerca de 3% a 6%, segundo a OMS.
Os sintomas considerados mais comuns costumam a aparecer entre 6 a 13 dias após a exposição, mas podem surgir em até três semanas. Geralmente, os infectados têm febre, dor de cabeça, dor nas costas e nos músculos, inchaço dos gânglios linfáticos e exaustão geral.
Em aproximadamente um a três dias após a febre, a maior parte das pessoas também desenvolve uma erupção cutânea que apresenta dor, o que é característico desse vírus e que pode começar no rosto, mãos, pés, interior da boca ou nos órgãos genitais e se espalhar pelo resto do corpo.
A doença, que já era conhecida, estava sendo registrada principalmente nos países africanos. A comunidade científica está em alerta devido a rápida disseminação do vírus em países além da África.
Fonte: Folha de São Paulo
Foto: Cynthia S. Goldsmith/Russel Regner/CDC/AP/dpa/picture alliance
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