O Ministério da Saúde anunciou recentemente a expansão de uma estratégia inovadora desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, Zika e Chikungunya.
A medida, agora transformada em política pública nacional, visa reduzir as populações do inseto, especialmente em áreas urbanas.
A estratégia central envolve as Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), dispositivos simples, mas eficazes.
São potes com água parada, atrativos para as fêmeas do Aedes aegypti, que buscam locais para depositar seus ovos.
Cada pote contém larvicida piriproxifeno impregnado em um tecido sintético. Quando as fêmeas pousam nos potes, o larvicida adere ao seu corpo.
Ao se deslocarem para outros criadouros, elas espalham inadvertidamente o larvicida, impedindo o desenvolvimento das larvas.
A adoção das EDLs segue um fluxo organizado em cinco etapas: manifestação de interesse pelo município, assinatura conforme o Ministério da Saúde e Fiocruz, validação da estratégia pelo estado, capacitação de agentes locais e monitoramento da implementação.
Inicialmente, a estratégia será expandida para 15 cidades com população superior a 100 mil habitantes, alta incidência de arboviroses nos últimos anos, e elevada infestação pelo mosquito.
O objetivo é adaptar a iniciativa conforme a capacidade das esferas nacional, estadual e municipal.
Desenvolvidas pelo Laboratório Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia da Fiocruz, as EDLs foram testadas em 14 cidades brasileiras entre 2016 e 2022, demonstrando eficácia no controle do Aedes aegypti.
A estratégia se destaca por alcançar criadouros inacessíveis por métodos tradicionais, como locais dentro de imóveis fechados e áreas de urbanização precária.
Além das EDLs, outras tecnologias são recomendadas para o controle das arboviroses: ovitrampas para monitoramento populacional, borrifação residual intradomiciliar em locais de grande circulação, inseto estéril por irradiação (TIE) e Método Wolbachia, que impede a transmissão dos vírus pelo mosquito.
A implementação dessas tecnologias não substitui as intervenções tradicionais, que dependem da colaboração da população e da educação contínua sobre a eliminação de focos de água parada.
A combinação de métodos visa aumentar a eficácia no controle das arboviroses, considerando as complexidades epidemiológicas e ambientais de cada região.
A estratégia das EDLs representa um avanço significativo no combate ao Aedes aegypti, promovendo uma abordagem integrada e adaptável às diversas realidades municipais.
Com o apoio do Ministério da Saúde e da Fiocruz, espera-se que essas iniciativas contribuam para mitigar os impactos das doenças transmitidas pelo mosquito, melhorando a saúde pública em todo o país.
Fonte: Agência Brasil
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