Desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques terroristas de 7 de outubro em Israel, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou mais de 1.000 ataques a instalações de saúde no Território Palestino Ocupado.
Em uma coletiva de imprensa na quarta-feira, o Dr. Rik Peeperkorn, representante da OMS para a Cisjordânia e Gaza, destacou a grave situação.
A cidade de Rafah, localizada no extremo sul do enclave, está sem hospitais funcionais após a recente ofensiva de Israel na região. Antes do início do conflito, Rafah contava com 3.500 leitos hospitalares.
Hoje, esse número caiu drasticamente para apenas 1.400. Destes, 600 estão em hospitais de campanha, restando apenas 800 leitos operados pelo Ministério da Saúde e ONGs
Esta situação crítica afeta uma população de 2,2 milhões de pessoas.
Dr. Peeperkorn destacou a urgência de permitir a evacuação de pacientes gravemente doentes de Gaza.
Cerca de 10.000 pacientes necessitam de evacuação urgente, metade deles sofrendo de traumas graves, incluindo lesões na coluna e amputações.
Hospitais na Cisjordânia, Jerusalém Oriental e países vizinhos estão prontos para receber esses pacientes, mas corredores seguros de evacuação são essenciais.
A crise de saúde mental em Gaza é outra preocupação significativa.
Segundo Dr. Peeperkorn, todos os 2,2 milhões de moradores e trabalhadores humanitários estão afetados, necessitando de atenção especial na recuperação e reabilitação.
“É sobre crianças, adolescentes, mulheres, homens, idosos, profissionais de saúde e socorristas”, enfatizou.
Philippe Lazzarini, chefe da agência da ONU para os palestinos (UNRWA), relatou que ataques a escolas em Gaza se tornaram quase diários.
Nos últimos 10 dias, pelo menos oito escolas foram atingidas, incluindo seis da UNRWA.
Lazzarini enfatizou que as escolas não devem ser usadas para fins militares e que “as escolas não são um alvo”.
Fonte: Nações Unidas
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