Melhor vacinar do que remediar?!

Em janeiro de 2021, cerca de dois meses antes da Pandemia completar um ano, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou o uso emergencial de dois imunizantes no Brasil: CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac, e AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a Fiocruz.


O empurrão para o processo de imunização começou quando ambas comprovaram eficácia de pelo menos, mais de 50% da capacidade de evitar os casos graves da doença, já que 80% dos pacientes com coronavirus morreram.

Mas, a intensa corrida em busca de uma solução para o fim das perdas causadas pela Covid-19, e, retomada da economia mundial, não deram tempo suficiente para que os cientistas de institutos do mundo todo, que uniram suas forças nesta luta, concluíssem o estudo sobre os efeitos A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO destas vacinas.


Ambas, ainda estão em fase de estudo e, normalmente, se tornaram tema de discussões entre as pessoas. José Silva, conhecido como “seu maranhão”, tem 68 anos, e trabalha como zelador. Morador de Ananindeua ainda não teve coragem de se vacinar. Ao final da conversa com Front Saúde, ele se questionou: E se eu me vacinar, vou virar Jacaré?!

O pensamento de José representa uma parte dos brasileiros, que escolheram não ir ao posto de saúde quando sua faixa etária foi contemplada.Por outro lado, mais de 160 mil IDOSOS da mesma faixa etária, ansiosos, aguardavam pela sua vez na fila pela vacina. preferiram “vacinar que remediar”. Ainda não há uma pesquisa com uma média de rejeição e aceitação geral dos brasileiros sobre o uso das vacinas. Se não há explicação aberta à população para evitar maior “polêmica” também não se sabe.


Até o momento em que esta matéria foi produzida, 23 de abril de 2021, aproximadamente 10% da população brasileira foi vacinada. Alguns casos de pessoas com reações leves foram registrados, de acordo com o Ministério da Saúde. Só que ainda não existe um levantamento aberto sobre o assunto, tudo é muito novo, nem equipe com foco neste estudo, uma vez que a curto prazo, aglumas reações já eram esperadas.


Segundo o Instituto Butantan, os resultados preliminares apresentados mostraram efeitos colaterais de inchaço e dor no local da injeção, fadiga e dor de cabeça. Alguns que receberam a CoronaVac tiveram diarréia, dor de barriga, febre e até fadiga.


No mundo, agências da Europa se pronunciaram sobre os efeitos colaterais da vacina de Oxford, que está sendo distribuída no Brasil e em mais de outros 100 países.
Após semanas de especulação sobre se a vacina da Oxford-AstraZeneca – que está sendo usada no Brasil – pode estar ligada a dezenas de casos de coágulos sanguíneos relatados na Europa, as autoridades europeias anunciaram que há, sim, uma possível ligação.
A EMA (Agência Europeia de Medicamentos) concluiu que a vacina causou uma combinação incomum de coágulos sanguíneos em dezenas de pessoas com contagens baixas de plaquetas ( estruturas sanguíneas, que quando corrompidas podem causar hemorragias).


Para entendermos melhor, o órgão de saúde europeu analisou 62 casos de trombose do seio venoso cerebral (CVST), que são coágulos nos seios da face que drenam o sangue do cérebro, e 24 casos de trombose da veia esplâncnica, ou coagulação no abdômen. Foram estudadas apenas pessoas que receberam a injeção em 22 de março.
Desses casos escolhidos para estudo, 18 foram fatais em uma área onde cerca de 25 milhões de pessoas haviam recebido a vacina AstraZeneca naquele momento. A maioria, mulheres.

A EMA disse que esses eventos graves de coagulação sanguínea foram relatados a uma taxa de cerca de 1 em 100 mil.


A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) não mudou sua orientação sobre o uso da vacina, sustentando que os benefícios gerais ainda superam os riscos, mas alguns países europeus estão restringindo o uso a pessoas mais velhas. E, especialistas brasileiros defedem que, reações leves não são exclusividade das vacinas contra a Covid-19, e que situações como estas podem acontecer como em qualquer outra vacina. A orientação do MS é a de que pessoas que receberam o imunizante e tiveram este tipo de reações procurem o posto de saúde mais próximo.

Talytha Araujo

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