A Associação Médica Brasileira (AMB) afirmou que metade dos médicos ouvidos por eles informaram já ter sofrido pressão por parte dos planos de saúde para prejudicar os pacientes. Os dados divulgados mostram que 53% dos médicos revelaram que sofreram tentativas ou interferências para alterar os tratamentos que prescreveram aos pacientes. A situação ocorre, às vezes, para 40,9% deles, e com frequência, para 12,2%.
Também foi relatado por 51,8% dos médicos dificuldades no procedimento de internação dos pacientes, sendo que 6,7% disseram que essa situação ocorre com frequência. Além disso, mais da metade dos médicos afirmaram sofrer ou já ter sofrido pressão para liberar a alta dos pacientes antes do tempo necessário. Desse total, 13,6% disseram que a situação é frequente.
Um fato importante de acordo com o estudo sobre a relação dos reajustes de mensalidade e o abandono de tratamentos. Já 88,3% dos médicos relatam que pacientes já largaram tratamentos devido aos reajustes dos planos.
Esse levantamento foi realizado pela AMB junto com a Associação Paulista de Medicina (APM) com 3.043 profissionais pela plataforma Survey Monkey, entre o dia 25 de fevereiro e o dia 9 de março de 2022. Dos profissionais ouvidos, 59,2% eram homens e 40,8% mulheres. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa aborda a percepção dos entrevistados em relação aos projetos que tramitam no Congresso para alterar a Lei dos Planos de Saúde, em vigor desde 1998. Com relação aos questionamentos sobre os projetos que apontam para atendimentos segmentados, com coberturas de alguns tratamentos e de outros não, 77,1% deram notas negativas. Uma porcentagem de 79,9% preveem reflexos negativos em relação às propostas de segmentar planos por tipos de procedimentos e outras diferenciações que trazem reflexos para a saúde dos pacientes.
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) se manifestou dizendo que defende a autonomia dos médicos no diagnóstico e no tratamento de enfermidades, o que é um princípio basilar da medicina. “Essa autonomia, no entanto, não afasta a importância do desenvolvimento e aprimoramento das práticas médicas e dos protocolos clínicos, que servem como referência tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. Quando construídos com critérios técnicos e embasamento científico, os protocolos asseguram a qualidade e a uniformidade do cuidado assistencial, melhorando desfechos clínicos e ampliando a eficiência do sistema como um todo”, esclareceu.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) defendeu que as pontuações da pesquisa da ABM “não condizem com as condutas seguidas por suas associadas, que hoje atendem a cerca de 30% dos beneficiários de planos médicos-hospitalares”. “As associadas à FenaSaúde têm como conduta cumprir rigorosamente todas as leis, normas e regulamentações que lhe são impostas pelos órgãos competentes, assim como respeitar o ato médico, as diretrizes e os procedimentos necessários para a integridade de um sistema que atende com excelência a 49 milhões de usuários”, avaliou.
Fonte: Correio Braziliense
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