Em 2025, o Brasil deve registrar 704 mil novos casos de câncer, segundo estimativas do INCA. Entre as mulheres, o tipo mais comum será o câncer de mama, com 73.610 novos casos previstos.
A doença mata cerca de 18 mil brasileiras por ano, tornando a mamografia um exame essencial para reduzir a mortalidade.
O Dia Nacional da Mamografia, 5 de fevereiro, busca conscientizar sobre a relevância do exame, considerado a melhor ferramenta para o rastreamento do câncer de mama.
A mamografia é capaz de detectar lesões minúsculas, invisíveis ao exame clínico. Quando o câncer é diagnosticado cedo, as chances de cura superam 90%.
A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que todas as mulheres a partir dos 40 anos façam a mamografia anualmente, mesmo sem sintomas.
“O diagnóstico tardio ainda é predominante no Brasil e agrava a mortalidade. Cerca de 2/3 dos casos são descobertos em estágios avançados, pois muitas mulheres não têm acesso ao exame”, alerta o mastologista Fábio Botelho, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – regional Pará.
Estudos indicam que o rastreamento pode reduzir a mortalidade por câncer de mama em até 45%.
Em janeiro, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu uma Consulta Pública para um programa de certificação de boas práticas para planos de saúde, mas causou polêmica ao seguir a diretriz do Ministério da Saúde, que recomenda mamografia apenas a partir dos 50 anos e a cada dois anos.
“A SBM defende o início do rastreamento aos 40 anos. No Rol da própria ANS, a cobertura da mamografia está prevista para mulheres entre 40 e 69 anos. O câncer de mama em mulheres jovens tem sido cada vez mais frequente, e ignorar isso pode custar vidas”, afirma Botelho.
Embora menos comum, o câncer de mama em mulheres abaixo dos 40 anos é geralmente mais agressivo.
“Mulheres jovens têm maior chance de tumores agressivos e tratamentos mais invasivos, incluindo quimioterapia intensa e cirurgias mais extensas”, destaca o especialista.
A OMS recomenda que pelo menos 70% da população alvo realize a mamografia anualmente para que o exame tenha impacto na redução da mortalidade.
No entanto, dados da Agência Brasil mostram que nenhum estado brasileiro atingiu 35% de cobertura em 2023. O Pará está entre os piores índices, com apenas 10,4% de rastreamento.
No Pará, diversos fatores dificultam o acesso ao exame. “Muitos municípios não possuem mamógrafos, e em várias cidades as filas são enormes.
Além disso, há falta de informação sobre a importância da mamografia, equipamentos quebrados e técnicos sem qualificação adequada”, explica Fábio Botelho.
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