Doenças

Malária avança no Pará: Ministério da Saúde declara calamidade

Diante do aumento de casos de malária no estado do Pará, o Ministério da Saúde, por meio da Coordenação de Eliminação da Malária (Cema), está trabalhando em parceria com o governo estadual e o município de Oeiras do Pará para frear a propagação da doença.

Com a declaração de calamidade pública, o Governo Federal ampliou a distribuição de recursos e insumos, além de promover reuniões semanais para alinhar as ações de combate.

Um representante do Ministério da Saúde já está em Oeiras do Pará para avaliar a situação local, e uma oficina regional está programada para março, para capacitar profissionais e reforçar as estratégias de enfrentamento à malária.

NOVO TRATAMENTO REDUZ TERAPIA DE 7 PARA 3 DIAS

A oficina conjunta de eliminação da malária, que ocorrerá no 8º Centro Regional de Saúde, na Ilha do Marajó, reunirá representantes de Oeiras do Pará e outros oito municípios.

Além do planejamento estratégico, a oficina incluirá treinamento para a testagem de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) e implementação da tafenoquina, um tratamento inovador que reduz a duração da terapia para malária vivax de sete para três dias. Isso aumenta a adesão dos pacientes e previne recaídas.

DISTRIBUIÇÃO DE INSUMOS E TRATAMENTOS

Desde 2024, o Ministério da Saúde enviou ao estado do Pará: 41.775 Testes de Diagnóstico Rápido (TDR); 25.850 tratamentos para malária vivax; 16,5 mil tratamentos para malária falciparum; 8,5 mil Mosquiteiros impregnados de longa duração (MILD); e 1,5 mil cargas de Etofenprox para borrifação residual intradomiciliar (BRI).

O governo estadual distribuiu ao município de Oeiras do Pará: 1,2 mil unidades de TDR; 1,5 mil MILD, com previsão de envio de mais 1.700 unidades.

O QUE É MALÁRIA E COMO ELA É TRANSMITIDA?

A malária é uma doença infecciosa causada por um parasito do gênero Plasmodium, transmitido para humanos pela picada de fêmeas infectadas dos mosquitos Anopheles.

Esses mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer, mas também picam durante todo o período noturno.

A doença não é contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir malária diretamente a outra pessoa.

SINTOMAS E FORMAS GRAVES DA MALÁRIA

Os sintomas mais comuns da malária incluem febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça.

Antes de apresentar esses sintomas, muitas pessoas sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

A malária grave pode causar prostração, convulsões, alteração da consciência, hipotensão arterial ou choque, dispneia ou hiperventilação, e hemorragias.

Gestantes, crianças e pessoas infectadas pela primeira vez estão sujeitas a maior gravidade da doença.

PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão o uso de mosquiteiros, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, e o uso de repelentes.

As medidas de prevenção coletiva incluem borrifação residual intradomiciliar (BRI), uso de mosquiteiros impregnados com inseticida de longa duração, e pequenas obras de saneamento para drenagem e aterro de criadouros do vetor.

O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente.

Após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves devem ser hospitalizados de imediato.

IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO CORRETO E OPORTUNO

Quando realizado de maneira correta e em tempo oportuno, o tratamento garante a cura da doença.

O diagnóstico oportuno seguido, imediatamente, de tratamento correto são os meios mais efetivos para interromper a cadeia de transmissão e reduzir a gravidade e a letalidade por malária.

COMO A SOCIEDADE PODE AJUDAR?

A conscientização e a participação da sociedade são fundamentais no combate à malária.

É importante que todos estejam informados sobre os sintomas, métodos de prevenção e a importância de buscar tratamento imediato em caso de suspeita da doença.

A colaboração de todos é essencial para controlar e eliminar a malária no Brasil.

Fontes: Ministério da Saúde 01, 02

Romeu Lima

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