Kaísa Romagnoli, mãe de Lorenzo, de 7 anos, e Kethelyn, de 15, é clara em sua posição.
“A proibição do uso de celulares na escola é necessária, especialmente no ensino fundamental. Meu filho de 7 anos não usa o aparelho para estudar, apenas para brincar. Por outro lado, em escolas que oferecem tablets, como a da minha filha, o uso do celular pode ser justificável para consultas pontuais ou emergências”, diz Kaísa.
Em janeiro, o presidente Lula sancionou o Projeto de Lei nº 4.932/2024, que restringe o uso de celulares e dispositivos eletrônicos em escolas públicas e privadas em todo o país.
A medida segue a recomendação da Unesco, que aponta que o banimento de celulares em ambientes escolares melhora a concentração e o aprendizado dos estudantes.
A proibição inclui o recreio e os intervalos entre as aulas e países como França, Finlândia e Canadá já implementaram restrições similares.
Sarah Monteiro, mãe de Maria Helena, de 12 anos, critica a nova regulamentação.
“Proibir é um retrocesso. As crianças precisam aprender a usar a tecnologia de forma consciente. O celular também é um meio de comunicação entre pais e filhos em emergências. Em vez de proibições, campanhas educativas seriam mais eficazes”, sugere.
O uso prolongado de celulares está associado a problemas de concentração e memória.
A psicóloga Renata Santana explica: “O problema não é a tecnologia em si, mas como ela é usada. Aplicativos educativos podem ser uma ferramenta poderosa quando utilizados com moderação e sob supervisão”.
Roberta Cassará Scalzaretto, especialista na formação de professores, reforça: “A regulamentação pode incentivar o uso pedagógico da tecnologia, mas é essencial capacitar os educadores para aplicá-la adequadamente”.
A Rede Daltro desenvolveu um programa educativo para conscientizar alunos e familiares sobre os benefícios da proibição.
Segundo a diretora Teresa Daltro, a medida inclui oficinas e palestras sobre foco e interação social. “Os celulares serão guardados em porta-celulares durante as aulas e liberados apenas em emergências”, explica.
Na Rio Christian School, o programa “Desconect Moment” promove competições entre salas para reduzir o uso de celulares.
A psicóloga Esther Frozi relata: “Alunos demonstram sintomas de dependência tecnológica e dificuldades de adaptação. Trabalhamos com orientação psicológica e educação digital para ajudar no processo”.
Pesquisas revelam que 26% das crianças entre 4 e 6 anos no Brasil possuem smartphones.
Segundo Marco Giroto, fundador da SuperGeeks, “A proibição pode dificultar a educação digital. O foco deve ser ensinar o uso consciente, integrando tecnologia e aprendizado”.
Em sua rede de escolas, os alunos aprendem habilidades digitais, como programação e desenvolvimento de aplicativos.
A regulamentação representa um passo importante para equilibrar o uso da tecnologia nas escolas.
Especialistas concordam que a proibição deve ser acompanhada de educação digital e formação pedagógica para garantir o desenvolvimento pleno dos estudantes.
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