A introdução alimentar é considerado um momento único para o bebê, pois além do leite humano ou de fórmula, a criança está descobrindo novos gostos e sensações. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o início dessa introdução seja feita a partir dos seis meses de vida. Nesse período, o acompanhamento com um especialista é fundamental.
Segundo a nutricionista materno infantil Jéssica Gripp, a introdução alimentar é um processo fundamental para o crescimento saudável da criança. “É uma fase muito importante para o desenvolvimento do bebê, momento crucial para formação do seu paladar e para definir suas preferências alimentares. Até 1 ano de idade, sua principal fonte de nutrientes e calorias será a amamentação ou na impossibilidade desta, a fórmula infantil. O objetivo da introdução alimentar não é só nutrir naquele momento, mas fazer com que esse bebê crie uma boa relação com os alimentos e as refeições, o que irá perdurar por toda vida”, destaca.
O que os pais devem oferecer?
Nesse período, existem alimentos que a criança não deve consumir. Outro ponto que deve ser levado em consideração é sobre como essa introdução alimentar deve ser feita. “É muito importante a oferta de uma alimentação colorida e harmônica, com equilíbrio e rica em todos os grupos alimentares, constituída por uma boa variedade de frutas, vegetais, proteínas animal e vegetal, cereais e gordura de boa qualidade e lembrando sempre de manter uma boa hidratação com água. Antes de 1 ano, não é indicado o consumo de sal, leites e derivados, sucos de frutas, água de coco, açúcar, doces em geral, bebidas gaseificadas e salgadinhos”, afirma a especialista.
Rotina
De acordo com a nutricionista, também é fundamental que os pais criem hábitos juntos com as crianças, além de estabelecer uma organização a ser feita todos os dias para que elas não sejam prejudicadas. “A falta de rotina nos horários das refeições pode levar a um quadro de má nutrição. Com as mudanças de horários, o organismo da criança muitas vezes não reconhece que aquele seria o horário adequado de se alimentar, levando a mesma a recusar os alimentos. É um ponto muito importante que aconselho as famílias que acompanho: sempre que possível, realize refeições em família e evite deixar a criança comendo em horários diferentes e sozinha. Os pais sempre serão espelhos para os seus filhos, por isso tentem comer os mesmos alimentos”, comenta.
Acompanhamento com especialista
Assim como os adultos, as crianças também tem suas particularidades e precisam de acompanhamento com um especialista da área para indicar da maneira correta quanto ao que ela precisa. “É de suma importância o acompanhamento com uma nutricionista materno infantil para auxiliar na elaboração de um cardápio personalizado e individualizado para cada criança, de acordo com a sua necessidade e para auxiliar na composição correta de todos os grupos alimentares de forma equilibrada. Cada criança é individual, e as vezes, o que deu certo pra um, nem sempre vai dar para o outro. Algumas crianças aceitam bem os alimentos logo de início e outras tem uma dificuldade maior de aceitação, então com a orientação correta, a família conseguirá conduzir esse momento com mais cautela e tranquilidade, totalmente sem neuras e sem frustrações, respeitando sempre á vontade de seu bebê”, conclui Jéssica.
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