No último dia 28, a OMS (Organização Mundial de Saúde), publicou um relatório sobre o uso da inteligência artificial na área da saúde. O documento aborda pontos positivos e negativos, além de um resumo sobre as medidas de proteção da autonomia humana, segurança, bem-estar e interesse público, transparência, responsabilidade e sustentabilidade.
A maior preocupação gira em torno das leis atuais de regulamentação, que ainda são insuficientes para proteger os pacientes, por exemplo, no tratamento de idoso, uma vez que utilizar sistemas automatizados pode dificultar uma abordagem mais humanizada, além dos conflitos de opiniões que possam acontecer entre humanos e máquinas.
As empresas da saúde estão avançando na aquisição de novas tecnologias, a fim de reduzir custos e otimizar processos gerenciais e desenvolvimento de tratamentos médicos. A utilização de dados abundantes de prontuários eletrônicos de pacientes, além de outros dados da saúde, vai gerar novas soluções e criar as bases da nova era na medicina e serviços de saúde.
A grande aposta é na construção de bases de dados em Data Lakes, com prontuários, baseados em protocolos internacionais, para que o desfecho clínico ocorra de forma assertiva e precisa.
A utilização de dados abundantes de prontuários eletrônicos de pacientes, além de outros dados da saúde, vai gerar novas soluções e criar as bases da nova era na medicina e serviços de saúde.
Além disso, vai promover a integração com outras tecnologias no back office como o RPS, chatbots, call center entre outras demandas.
A pandemia acelerou essa necessidade, quer seja pelo volume de pacientes e exames quanto pela aprovação da modalidade de Telemedicina. Ao utilizar a informação do prontuário eletrônico para cruzar dados e gerar ações preventivas, otimização de fluxos e eliminação de gargalos, o atendimento, tratamento e até mesmo a gestão em saúde ganham em eficiência e fluidez.
A Inteligência Artificial e a telemedicina não substituem o atendimento presencial, mas ajudam sobremaneira na seleção dos casos, atendimento mais rápido e encaminhamentos mais adequados aos sistemas de saúde secundários e terciários. A personalização da saúde faz o tempo do médico ser melhor utilizado no foco do atendimento de excelência.
TESTES EM MASSA SÃO ALIADOS NO ENFRENTAMENTO DA COVID-19
Os testes em massa na população foram apontados como uma das principais armas no combate à Covid-19 logo no início da pandemia. E também se mostraram um desafio: como testar milhões de indivíduos em pouco tempo?
A resposta veio da aplicação das novas tecnologias na saúde, com um dispositivo portátil e de baixo custo, o OmniLAMP. Ele realiza testes moleculares sem a necessidade de uma estrutura laboratorial, a partir da detecção do material genético do Sars-CoV-2. O equipamento foi projetado para ser usado em consultórios, unidades de saúde, hospitais e empresas.
A inovação do OmniLAMP está no uso do método amplificação isotérmica medida por loop (LAMP, na sigla em inglês), que permite que todo o processamento do teste aconteça em uma mesma temperatura. Não é necessário que o teste da Covid-19 seja realizado em laboratório, além de diminuir o custo de fabricação do dispositivo.
Esta nova tecnologia na saúde já se mostrou um excelente substituto dos exames convencionais RT-PCR. Ela foi desenvolvida em parceria entre o Instituto René Rachou/Fiocruz Minas e a empresa Visuri, com o apoio do Instituto Serrapilheira.
DIAGNÓSTICO POR MEIO DE ANÁLISE RADIOLÓGICA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Por meio de algoritmos e acesso a um banco de dados com mais de 25 mil tomografias de tórax, a IA auxilia médicos na análise de imagens para identificar casos de Covid-19.
A IA faz a varredura de milhares de tomografias de tórax e, por comparação, indica se a imagem do pulmão de um determinado paciente é compatível com algum quadro de infecção. A tecnologia recebeu o nome de RadVid19 e foi disponibilizada a médicos de todo o país.
O algoritmo também aponta o grau de comprometimento do pulmão, sinalizando se há necessidade ou não de internação – o que faz a diferença entre a vida e a morte para muitos pacientes de Covid-19.
A RadVid19 foi desenvolvida Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Inrad-HCFMUSP), que conta com um núcleo inteiro voltado à inovação tecnológica na saúde.
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