Estima-se que mais de 1,2 bilhão de mulheres em todo o mundo estejam enfrentando ou se aproximando da menopausa, com cerca de 29 milhões apenas no Brasil. Para a grande maioria delas, os sintomas do climatério são uma realidade desconfortável, muitas vezes ultrapassando as três décadas de idade, marcados pelas infames ondas de calor.
Entretanto, e se houvesse uma maneira de atravessar essa fase desafiadora sem sequer passar por ela? Recentemente, cientistas americanos lançaram uma descoberta que pode mudar o jogo: uma injeção antimenopausa.
Essa injeção inovadora promete bloquear ou, pelo menos, adiar os efeitos da menopausa. O segredo está na capacidade da injeção em imitar o hormônio anti-Mülleriano (AMH), cujos níveis começam a diminuir naturalmente nas mulheres em torno dos 25 anos.
Juntamente com o AMH, os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona também diminuem entre os 45 e 55 anos, devido à falência dos ovários, os quais são responsáveis por sua produção. A proposta dos pesquisadores da empresa de biotecnologia Oviva Therapeutics é injetar AMH periodicamente para artificialmente elevar esses níveis, atrasando potencialmente a transição para a menopausa, talvez indefinidamente.
Embora os cientistas não tenham comentado sobre os riscos associados à injeção, a terapia de reposição hormonal tradicional, usada atualmente para amenizar os sintomas da menopausa, possui benefícios e riscos, como câncer de mama e endométrio.
Daisy Robinton, bióloga molecular da Oviva Therapeutics, expressou sua confiança na nova injeção: “Este medicamento não apenas poderia adiar a menopausa, mas também poderia preveni-la”.
Pesquisas anteriores sugerem que o AMH desempenha um papel crucial no processo da menopausa, como visto em mulheres com síndrome dos ovários policísticos, que tendem a iniciar a menopausa dois anos depois da média devido aos seus níveis mais altos de AMH.
Atualmente, a injeção está em fase de testes em ratos para garantir sua segurança. Se os resultados forem promissores, os testes em seres humanos podem iniciar nos próximos anos, oferecendo às mulheres a oportunidade de escolha sobre quando ou se desejam passar pela menopausa.
Embora ainda haja muitas incógnitas sobre essa nova terapia, incluindo seu custo e riscos potenciais, para muitas mulheres, essa injeção representa uma chance de melhor controle sobre sua saúde reprodutiva e bem-estar geral.
Como ressalta a endocrinologista brasileira Vânia Assaly, serão necessários estudos aprofundados para garantir a segurança desse tratamento. No entanto, essa descoberta oferece esperança para aquelas que desejam mais controle sobre seu corpo e seu futuro.
É importante lembrar que a menopausa é uma fase natural da vida de toda mulher. Mesmo assim, a pesquisa continua a oferecer novas possibilidades, e aguardamos ansiosamente por mais atualizações sobre esse desenvolvimento promissor.
Fonte: Viva Bem
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