Em seu primeiro dia do segundo mandato, Donald Trump anunciou que os Estados Unidos estão se retirando da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A ordem executiva assinada ontem, 20 de janeiro de 2025, justifica a decisão alegando “má gestão da pandemia de Covid-19 pela organização” e a influência política de alguns estados-membros, como a China.
Trump também criticou os custos onerosos da participação dos EUA, maior financiador da agência, que contribui com cerca de 20% do seu orçamento total.
Fundada em 1948, a OMS é uma agência especializada das Nações Unidas dedicada à promoção da saúde global.
Com sede em Genebra, na Suíça, a organização tem 194 membros e coordena respostas a emergências de saúde, além de liderar campanhas de prevenção contra doenças como HIV, tuberculose e malária.
O Brasil é um dos membros-fundadores e já teve destaque na direção da agência.
Os Estados Unidos contribuem anualmente com cerca de US$ 550 milhões para a OMS, sendo o maior financiador individual.
A saída representará um corte significativo no orçamento da organização, que poderá comprometer programas cruciais em países emergentes e na área de emergências sanitárias.
A lacuna pode ser parcialmente preenchida por outros membros, mas países europeus também enfrentam limitações financeiras e desafios internos.
A retirada dos EUA cortará laços entre a OMS e agências americanas, como o CDC e a FDA, prejudicando a troca de dados e a coordenação em respostas globais às pandemias.
Além disso, especialistas alertam que a medida pode enfraquecer a liderança científica dos EUA e comprometer avanços no combate a doenças infecciosas, como HIV e tuberculose.
Com a saída dos EUA, a China, que já tem demonstrado grande avanço tecnológico e capacidade de produção em massa de vacinas, pode assumir um papel mais relevante na OMS.
A influência chinesa na organização é vista com preocupação por alguns especialistas, que temem a politização das decisões da agência.
Líderes e analistas divergem sobre os impactos da decisão de Trump. Enquanto alguns veem a saída como uma “sabotagem” ao sistema multilateral, outros avaliam que a medida reflete interesses de grupos internos nos EUA, como movimentos antivacina e críticos à gestão da pandemia pela OMS.
Embora a saída dos EUA já tenha sido anunciada, o processo demanda negociações com o Congresso americano.
Existe a possibilidade de reversão da decisão, como ocorreu no governo de Joe Biden em 2021.
A continuidade dessa ruptura dependerá do cenário político interno e das pressões internacionais para manter os EUA na organização.
Fontes: CNN 01 e 02, OMS, Veja e Folha de São Paulo
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