O Ministério da Saúde anuncia uma significativa alocação de recursos, totalizando R$ 55 milhões, destinados à prevenção e tratamento da hanseníase no Brasil em 2024. Este investimento integra a estratégia do Comitê Interministerial para Eliminação da Tuberculose e de Outras Doenças Determinadas Socialmente (Ciedds), alinhada com a meta global da Organização Mundial de Saúde (OMS) de eliminar doenças negligenciadas até 2030.
A maior parcela dos recursos, R$ 50 milhões, será direcionada para 955 municípios em todas as 27 unidades federativas, classificadas como de alta endemia. Estas cidades registram mais de 10 casos de hanseníase por 100 mil habitantes. O objetivo é a execução de ações prioritárias visando a eliminação da hanseníase como problema de saúde pública.
Os municípios selecionados têm a responsabilidade de investir os recursos em ações essenciais, tais como busca ativa para detecção de novos casos, aplicação de testes rápidos nos contatos de casos registrados a partir de 2023, resgate de casos em abandono, entre outras estratégias.
O governo brasileiro, alinhado com as metas da OMS, também destinou R$ 4 milhões para pesquisa de novos medicamentos e R$ 1 milhão para organizações não governamentais (ONGs) que atuam no enfrentamento ao estigma e discriminação, além de promover a educação em saúde.
Os novos investimentos se somam aos R$ 5 milhões liberados em 2023 para pesquisa e desenvolvimento de uma vacina específica para hanseníase, chamada Lepvax. Atualmente, o Ministério da Saúde financia, em parceria com a Fiocruz, o ensaio clínico da vacina, aguardando a liberação da Anvisa. Além disso, o Brasil é pioneiro na oferta de testes rápidos para detecção de hanseníase na rede pública.
No âmbito do governo federal, os esforços visam alcançar a equidade em saúde e reduzir as desigualdades sociais. Em 2023, o Ciedds foi estabelecido por meio do Decreto 11.494/23, e uma lei foi sancionada, instituindo indenização em formato de pensão vitalícia aos filhos daqueles isolados em colônias de hanseníase no século passado.
A hanseníase, uma doença negligenciada, afeta milhares globalmente, principalmente em países em desenvolvimento. O Brasil, mesmo com esforços, permanece em segundo lugar no ranking global de novos casos. O Boletim Epidemiológico de Hanseníase 2024 destaca que, em 2022, foram registrados 174.087 novos casos no mundo, com o Brasil, Índia e Indonésia reportando mais de 10 mil cada.
De 2013 a 2022, o Brasil notificou 316.182 casos de hanseníase, com 80,6% sendo casos novos. A razão de sexo aumentou para 1,3 em 2022. Quanto à taxa de detecção, houve uma redução de 14,3% entre 2013 e 2019, indicando avanços na luta contra a doença, embora permaneça como um desafio para os sistemas de saúde.
O ‘Compartilhar Desafios: Janeiro Roxo 2024 – Uma jornada para a integração e avanços em hanseníase’ iniciou hoje e vai até a quarta-feira (24) na capital federal. O encontro tem a participação de representantes do ministério, da Opas, professores de universidades federais, dentre outros especialistas no tema e pode ser acompanhado via transmissão online.
Fonte: Ministério da Saúde
O programa Fioantar, conduzido pela Fiocruz, deu início a uma nova etapa nesta quarta-feira (20).…
No dia 13 de dezembro de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização…
A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) está liderando uma importante missão para…
O câncer do colo do útero, terceiro mais comum entre as mulheres no Brasil, tem…
O diabetes tem se tornado uma preocupação crescente no cenário global. Segundo dados divulgados pela…
Os custos com planos de saúde empresariais são uma das principais despesas das empresas no…
This website uses cookies.