Para algumas pessoas, acordar cedo, junto com o sol, é sinônimo de produtividade. Para outras, a função soneca do celular foi a melhor invenção da tecnologia do mundo contemporâneo. Acordar cedo é uma tarefa especialmente difícil depois das férias, período em que saímos da rotina e criamos novos hábitos.
“O nosso relógio biológico é factível de alterações. A maioria das pessoas não mantém o ritmo durante as férias, dormem mais tarde e acordam mais tarde, e sentem os impactos quando voltam à rotina. Não conseguem dormir mais cedo e acabam encurtando o tempo de sono”, afirma o pneumologista e médico do sono, Sérgio Pontes Prado.
O médico explica que durante o sono profundo, denominado de REM, ocorre a liberação de hormônios importantes para a regulação do organismo. “Quando o sono é muito fragmentado ou dormimos menos, as pessoas entram menos nessa fase do sono, que acontece mais na segunda metade da noite”, conta.
Quando uma pessoa não consegue dormir o tempo necessário para restaurar o corpo, é esperado que sinais e sintomas de fadiga e indisposição surjam ao longo do dia seguinte. Estudos mostram que o tempo ideal de horas de sono varia para cada pessoa, mas a média mundial é de seis a oito horas por noite.
“Acordar cedo é um treinamento. O melhor mecanismo é dormir mais cedo”, afirma a endocrinologista do Hospital Brasília, Jamilly Drago.
Em geral, o relógio biológico demora de 48 horas a uma semana para se adaptar à nova rotina. Este prazo varia para cada pessoa e os adolescentes são os que mais sentem os impactos porque têm, naturalmente, mais sono pela manhã.
A médica indica algumas técnicas de higiene do sono para as pessoas que precisam voltar a acordar cedo, mas que também podem ser aplicadas para quem tem maior dificuldade para dormir.
Fonte: Metrópoles
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