Governo do Amapá decreta situação de emergência em saúde pública após surto de síndromes gripais; estado recebe 12 mil toneladas de oxigênio do Governo Federal - FRONT SAÚDE

Governo do Amapá decreta situação de emergência em saúde pública após surto de síndromes gripais; estado recebe 12 mil toneladas de oxigênio do Governo Federal

No último dia 13, o governador do Amapá, Clécio Luís, assinou decreto declarando situação de emergência em saúde pública após o Estado identificar surto de síndromes gripais e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no público infantil. Segundo governo estadual, os casos aumentaram mais de 300% desde janeiro até a primeira semana de maio deste ano. De 1º de janeiro até o dia 6 de maio deste ano, o estado apresentou um aumento de 53,11% no número de casos de síndromes gripais, e 108,33% da forma mais grave da doença, em comparação com o mesmo período de 2022.

O Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) registra superlotação da unidade de Pronto Atendimento Infantil (PAI). Segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), o quadro é provocado pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), agente causador de doenças como a bronquiolite, inflamação que dificulta a chegada do oxigênio aos pulmões. Também há casos de Influenza A e B e Covid-19.

“A suspeita inicial era de um período sazonal, mas os casos estavam muito acima do esperado. Precisamos, portanto, tomar medidas sanitárias imediatas. Vamos unir forças e fazer busca ativa para imunizar nossas crianças. O Estado vai fazer sua parte, mas é fundamental o papel da família e de toda a sociedade”, declarou o governador Clécio Luís.

Dados

Até o dia 11 de maio, a rede hospitalar pública e privada registrava mais de 190 casos de internação, sendo 29 entubadas. Desses casos, 109 se concentravam no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e Pronto Atendimento Infantil (PAI), com 22 crianças na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). A maioria dos pacientes possui idade entre 7 meses e 4 anos.

“Chama a atenção que esse público é muito sensível, vulnerável. Então é mais do que importante a participação dos pais na percepção dos sintomas, o que ajuda no controle, para evitar a superlotação dos hospitais. Esse problema não é restrito na rede pública, também há problemas na rede privada. Temos carência na pediatria, então é importante que esses cuidados sejam feitos, em conjunto ao Governo, dentro de casa”, pontuou o vice-governador Teles Júnior.

Atualizações

O Amapá vai receber 12 mil toneladas de oxigênio do governo federal para abastecer 30 novos leitos do Hospital Universitário (HU), em Macapá. O insumo vai ser usado nos dez novos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e 20 clínicos do Hospital Universitário que vão ser abertos a pedido da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

“O abastecimento de oxigênio dentro dos nossos hospitais está normal. Esse navio da Marinha que está chegando com tanques de oxigênio é necessário para que os novos leitos do HU comecem a funcionar. Normalmente demorariam mais de 45 dias para chegar, mas o Pará tinha material disponível para encaminhar. Atualmente, estamos bem estáveis com o nosso estoque, mas já nos prevenimos para qualquer mudança dessa demanda”, explicou a secretária de Saúde, Silvana Vedovelli, em comunicado.

Os tanques saíram do Porto de Belém no último domingo (21) e a chegada estava prevista para a última terça (23), no Porto de Santana, no Amapá.

Fonte: CNN Brasil, Portal Governo do Amapá

Foto: Freepik