Martelo de juiz e estetoscópio do médico
A clínica de estética Forma Humana, localizada em Osasco (SP), foi flagrada realizando fraudes contra a SulAmérica. Entre janeiro de 2022 e setembro do ano passado, a clínica obteve R$ 1,25 milhão em reembolsos indevidos.
O juiz Ricardo Cunha de Paula, da 4ª Vara Cível de Osasco, reconheceu a ilegalidade e ordenou que a clínica cessasse a “captação indevida” de dados. A estratégia utilizada envolvia solicitar login e senha dos beneficiários para realizar reembolsos assistidos.
A SulAmérica descobriu que a clínica emitia cartões de crédito falsos em nome dos clientes, gerando comprovantes de pagamento fraudulentos em parceria com uma empresa de software.
A juíza Tatiana Pattaro Pereira, da 14ª Vara Cível Federal de São Paulo, atendeu ao pedido do Cremesp e determinou a remoção de um site alemão, “atestadomedico24”, que vendia atestados médicos online no Brasil por R$ 29.
O site prometia documentos de forma rápida e confiável, sem consulta médica. A decisão destaca que a comercialização ilegal viola direitos coletivos dos médicos e dos pacientes.
O site oferecia atestados com base em um questionário online, onde o usuário preenchia informações sobre sua suposta incapacidade para o trabalho. A juíza ordenou a remoção do site em cinco dias.
O médico nigeriano Oluwatosin Tolulope Ajidahun, conhecido como Dr. Tosyn, dono de uma clínica de fertilização em São Paulo, está sob suspeita de liderar um esquema que causou um prejuízo de R$ 2,9 milhões à seguradora SulAmérica.
A polícia alega que o médico e sua esposa conceberam um plano sofisticado envolvendo reembolsos superfaturados em planos de saúde com documentos falsos.
O Dr. Tosyn foi alvo de uma prisão temporária determinada pela juíza Giovanna Christina Colares. Testemunhas relatam estratégias fraudulentas, como a utilização de notas fiscais repetidas e dissimulação de pagamentos.
O médico, apreensivo com as investigações, vendeu carros, rescindiu contratos e tentou deixar o país, evidenciando intenção de fuga. A defesa nega as acusações, alegando perseguição de seguradoras contra laboratórios que não aceitam se credenciar a planos de saúde.
Fonte: CQCS, Mgalhas e Metrópoles
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