A sociedade está em constante evolução, moldada por avanços tecnológicos e mudanças culturais.
Assim, surgem novas gerações com características próprias. A geração Z, nascida entre meados da década de 1990 e 2010, representa um marco nessa transformação.
Conectados desde o nascimento, esses jovens buscam protagonismo, flexibilidade e uma relação íntima com a tecnologia em suas vidas profissionais.
No campo da medicina, a geração Z traz uma visão inovadora. Diferente dos baby boomers, para quem o trabalho é a principal fonte de sentido na vida, os jovens médicos de hoje valorizam um equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Segundo Eduardo Troster, professor de Humanidades do curso de medicina da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, essa geração questiona práticas tradicionais, como plantões frequentes, e busca uma abordagem mais saudável e equilibrada na carreira médica.
A tecnologia, essencial para a geração Z, também influencia a educação médica.
Thaís Giuliani, doutora em Ciências da Informação com ênfase em Educação, destaca que esses jovens querem ser protagonistas do aprendizado, utilizando dispositivos tecnológicos não só para entretenimento, mas também para a educação.
Ferramentas como exames de imagem e realidade virtual são comuns no estudo da anatomia, tornando o aprendizado mais dinâmico e interativo.
Apesar de toda a conexão tecnológica, a geração Z enfrenta desafios na comunicação e no estabelecimento de vínculos profundos.
Lorenzo Lisboa, estudante de medicina, aponta que, embora seja fácil fazer contatos superficiais, criar conexões significativas é uma habilidade que precisa ser desenvolvida.
Para Elda Maria Stafuzza Gonçalves Pires, coordenadora acadêmica do curso de medicina na Faculdade Albert Einstein, as chamadas soft skills, como empatia e comunicação, são essenciais e já fazem parte do currículo.
A geração Z está redefinindo a prática médica ao adotar novas metodologias de ensino e ferramentas tecnológicas emergentes.
A inteligência artificial, o big data e a realidade aumentada estão transformando diagnósticos e tratamentos, tornando a medicina mais precisa e eficiente.
Porém, essa revolução tecnológica também apresenta o desafio de manter o contato humano e a empatia no atendimento ao paciente.
A diversidade é outra marca dessa nova geração. A presença crescente de mulheres e pessoas de diferentes origens étnicas nas escolas de medicina contribui para um atendimento mais empático e inclusivo.
Segundo um levantamento da Sanofi, pacientes de minorias raciais têm maiores chances de se sentirem indesejados no sistema de saúde.
A inclusão de profissionais diversos pode ajudar a reverter essa situação, promovendo um cuidado mais humanizado.
A pandemia de Covid-19 acelerou a adoção da telemedicina e de soluções digitais na saúde.
A geração Z, com sua familiaridade com a tecnologia, está bem posicionada para liderar essa transformação.
Eles estão mais abertos a usar aplicativos de saúde e dispositivos médicos digitais, além de se preocuparem com questões de sustentabilidade e boas práticas de governança, como mostra o levantamento da Global Student Outlook Report.
A geração Z está pronta para transformar a medicina, integrando tecnologia e humanização no cuidado com os pacientes.
Ao adotar práticas inovadoras e promover a diversidade, esses jovens médicos estão moldando um futuro onde a saúde e o bem-estar da sociedade são aprimorados sem perder de vista a importância do contato humano e da empatia.
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