A fusão entre os hospitais da Dasa e da Amil, anunciada na última sexta-feira (14), representa um marco significativo na consolidação do setor de saúde no Brasil.
Esta movimentação une forças entre operadoras de planos de saúde e hospitais, que tradicionalmente operavam de maneira independente.
A nova empresa, que levará o nome Ímpar, surge da combinação de ativos de ambas as companhias, resultando em uma receita líquida anual de R$ 10 bilhões e um Ebitda de R$ 777 milhões.
A Ímpar terá um total de 4,4 mil leitos distribuídos em 25 hospitais renomados, incluindo Nove de Julho, Santa Paula, Leforte, Samaritano e Pró-Cardíaco, além das clínicas oncológicas COI. A maioria dessas unidades está localizada em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Além da fusão, há um movimento crescente de parcerias comerciais entre operadoras e hospitais para projetos de expansão.
Muitas novas unidades hospitalares só são viáveis com a garantia de credenciamento pelos planos de saúde, o que assegura uma base sólida de pacientes desde o início.
Um exemplo é o novo “cancer center” em São Paulo, um projeto de R$ 300 milhões entre a Oncoclínicas e a Unimed Nacional. Desse total, R$ 75 milhões são provenientes da Unimed, que investe na forma de receitas geradas pelos usuários encaminhados ao novo hospital.
A fusão posiciona a Ímpar como a segunda maior rede hospitalar do país, atrás apenas da Rede D’Or, que possui quase 12 mil leitos. Outros players significativos no mercado incluem a Hapvida, com 5,7 mil leitos próprios.
A transação não incluiu algumas unidades importantes no Nordeste, como o Hospital da Bahia e São Domingos, além da rede de clínicas Amo.
Esses ativos, que geraram um Ebitda de R$ 310 milhões no ano passado, podem ser vendidos posteriormente. Da mesma forma, os hospitais Monte Klinikum e Promater, localizados em Fortaleza e Natal, respectivamente, também não fazem parte do acordo.
A nova companhia assumirá uma dívida de R$ 3,85 bilhões da Dasa, o que reduzirá a alavancagem financeira da Dasa de 4,2 para cerca de 3 vezes o Ebitda.
Lício Cintra, atual diretor-presidente da Dasa, será o presidente executivo da Ímpar, enquanto Dulce Pugliese de Godoy Bueno, cofundadora da Amil, assumirá a presidência do conselho de administração.
A fusão ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do cumprimento de condições usuais em negócios dessa natureza.
Se aprovada, a operação pode abrir caminho para a listagem da Ímpar no segmento Novo Mercado da B3, ampliando suas possibilidades de crescimento e captação de recursos.
Essa fusão marca uma nova era para a saúde no Brasil, com a promessa de maior eficiência e qualidade no atendimento aos pacientes, refletindo uma tendência global de integração entre prestadores de serviços de saúde e operadoras de planos.
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