ANS obriga planos de saúde a realizar teste para detectar varíola dos macacos

O teste para diagnóstico da varíola dos macacos foi incluído no rol de procedimentos que tem cobertura pelos planos de saúde privada. A medida foi homologada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) numa nova resolução normativa que foi aprovada nessa última segunda-feira, 19.

Os beneficiários que quiserem realizar o teste precisam de uma indicação médica para que os planos possam cobrir, conforme a resolução. Uma coleta de fluídos e realizada diretamente de lesões que se manifestam na pele com um cotonete estéril seco chamado SWAB. Com o teste pode se analisar os fluídos coletados e detectar o vírus que causa a doença.

“A inclusão do exame complementar na lista de coberturas obrigatórias foi feita de forma extraordinária, diante do cenário da doença que, atualmente, põe o Brasil entre os seis países com o maior número de casos confirmados em todo o mundo”, segundo nota divulgada pela ANS.

A varíola dos macacos, conhecida internacionalmente como monkeypox, é uma doença endêmica das regiões da África, mas apesar de levar o nome “varíola dos macacos”, o seu nome vem da descoberta do vírus em macacos em um laboratório da Dinamarca em 1958. Desde maio a doença tem se tornado uma preocupação das nações devido a sua disseminação por diversos países. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta última terça-feira, 20, aqui no Brasil já ocorreram duas fatalidades e são 7.019 brasileiros contaminados com a varíola.

Transmissão

Ocorre por contato direto, como beijo ou abraço, ou por feridas infecciosas, crostas ou fluidos corporais, além de secreções respiratórias. O sintoma mais característico é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele. O tempo de incubação do vírus varia de 5 a 21 dias. Também podem ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza.

Sintomas

Após a contaminação, os primeiros sintomas aparecem entre 6 e 16 dias. As lesões progridem para o estágio de crosta, secando e caindo após um período que varia entre 2 e 4 semanas. O maior risco de agravamento envolve pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes, crianças com menos de 8 anos de idade e pacientes com leucemia, linfoma ou metástase.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Freepik

*Texto: Romeu Lima

Milena Alves

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