Laura, 59, e Sophia Souza, 23, foram diagnosticadas com Covid-19 em março do ano passado, durante a primeira onda de contágio no Brasil. Mãe e filha moram juntas, na companhia de seus dois animais domésticos, um gato e um cachorro.
Elas perceberam que os animais apresentaram resfriado e diarréia, pouco tempo depois em que elas foram infectadas. Mas, na época, a medicina sabia bem pouco sobre a doença. Não deu para saber se os pets haviam se infectado com vírus “Foi estranho, alguns dias depois que nós ficamos isoladas, eles começaram a apresentar sintomas, eram tipo espirros e quase dois dias de diarreia, depois de um tempo que começamos a pensar na possibilidade deles terem pegado covid-19, porque mantivemos muito contato com o Zulu e a Xuxa”, explicou Laura.
Desde o ano passado laboratórios e cientistas buscavam comprovar a questão. E, recentemente uma pesquisa apresentada pelo Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz), comprovou que humanos podem, sim, transmitir o vírus aos animais. E, dessa forma, devem se manter afastados deles, caso confirmem resultado positivo para Covid-19.
O levantamento científico foi realizado por meio da parceria entre duas unidades da Fiocruz: o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) e o Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Os pesquisadores demonstraram a relação entre a exposição dos animais de estimação e a infecção dos donos, com os resultados publicados na revista científica internacional Plos One.
Grupo – Para a pesquisa foram selecionadas famílias do Rio de Janeiro com seus 39 animais de estimação, sendo 29 cachorros e dez gatos, entre maio e outubro do ano passado. Após a confirmação de humanos com Covid-19, os cientistas colheram amostras dos animais para saber o efeito do vírus sobre eles.
Resultado – Os animais obtiveram resultados de RT-PCR positivos de 11 a 51 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas de seus tutores. Outro resultado relatado pela pesquisa é que 46% dos animais infectados apresentaram sintomas leves, que podem estar associados ao coronavírus. Também se observou que animais castrados são mais suscetíveis e que dividir a cama com o tutor eleva o risco de infecção.
Para médicos veterinários como Leninha Bittencout, atender alguns animais com os sintomas similares aos leves da Covid foi um desafio. Com a pesquisa recém divulgada, ela acredita que facilitará o trabalho dos profissionais e orientação aos tutores, em relação ao cuidado com a saúde do animal.
Até o momento nenhum animal infectado ou que participou do estudo veio a óbito por Covid-19 “Ficou muito difícil recomendar o distanciamento nestes casos, principalmente de quem estava com Covid, afastado das pessoas por um tempo, acabava se apegando ainda mais aos bichinhos. Agora com essa nova realidade, nosso direcionamento vai ser diferente, assim como o tratamento”, afirmou a veterinária.
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