Barcos tradicionais em um rio. Por eddows_arunothai
O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) está prestes a iniciar um novo projeto voltado à saúde bucal em comunidades rurais ribeirinhas da Amazônia. Financiado pelo Ministério da Saúde e CNPq, o projeto visa não apenas avaliar as condições de saúde bucal, mas também identificar fatores de risco comuns a outras doenças crônicas que afetam essas populações.
Em parceria com as universidades federais do Amazonas (Ufam), Pará (UFPA) e do Estado do Amazonas (UEA), além de colaboradores internacionais, o projeto será conduzido ao longo de dois anos. O coordenador do estudo, Fernando Herkrath, destaca a importância da transdisciplinaridade na abordagem dessas questões.
O estudo não se limitará à saúde bucal; sua proposta é ampliar a compreensão sobre os determinantes das condições de saúde dessas comunidades. Herkrath explica que a pesquisa irá explorar como os comportamentos relacionados à saúde estão associados aos resultados e identificar as barreiras de acesso aos serviços de saúde.
O público-alvo do projeto são adolescentes e adultos residentes em localidades rurais ribeirinhas, selecionadas a partir de uma delimitação geográfica. A coleta de dados envolverá visitas às comunidades, avaliações de saúde bucal e geral, além de questionários sobre comportamentos relacionados à saúde.
Herkrath destaca que as condições de saúde nessas populações são frequentemente mais precárias, e o acesso aos serviços de saúde é desafiador. O estudo busca compreender como os fatores de risco comuns contribuem para as doenças, proporcionando uma base para intervenções de saúde pública adaptadas às necessidades específicas dessas comunidades.
A Fiocruz Amazônia argumenta que as populações rurais ribeirinhas carecem de atenção científica, resultando em sua invisibilidade. O projeto busca gerar conhecimento que oriente ações de saúde específicas, superando essa lacuna de informação.
O projeto adotará uma abordagem observacional transversal, focalizando indivíduos de 15-19 e 35-44 anos em municípios com equipes de saúde bucal da Estratégia de Saúde da Família (ESF) Fluvial. A coleta de dados será realizada por meio de questionários eletrônicos e exames clínicos intrabucais, seguindo as diretrizes da OMS.
O financiamento para o projeto foi concedido por meio da chamada pública 21/2023, que busca apoiar pesquisas transdisciplinares em saúde coletiva. A iniciativa visa desenvolver evidências sensíveis às necessidades da população brasileira, promovendo equidade e sustentabilidade em áreas estratégicas, incluindo condições pós-Covid, alimentação, determinantes sociais em saúde, doenças crônicas, gestão pública e inovação em saúde, entre outros temas prioritários.
Fonte: Agência Fiocruz
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