Imagem: Freepik
Oito bebês nasceram no Reino Unido usando material genético de três pessoas para prevenir condições devastadoras e muitas vezes fatais, de acordo com os médicos.
São quatro meninos e quatro meninas, incluindo um par de gêmeos idênticos, que nasceram com saúde e estão todos bem após o tratamento realizado por uma equipe em Newcastle. Uma das mulheres ainda está em período de gestação.
Cientistas do país desenvolveram um método que combina o óvulo de uma mãe, o espermatozoide de um pai e um segundo óvulo de uma doadora.
Há dez anos a técnica é legalizada no país.
O estudo foi publicado na revista científica “New England Journal of Medicine”, 22 mulheres com mitocôndrias causadoras de doenças passaram por um método chamado dedoação mitocondrial, elas deram origem a oito crianças saudáveis. Uma gravidez ainda está em andamento.
Como funciona a doação mitocondrial?
A doação mitocondrial envolve a transferência de um óvulo fertilizado com mitocôndrias defeituosas para um óvulo doado com mitocôndrias saudáveis. O propósito é evitar que os bebês herdem mutações que podem causar doenças mitocondriais.
As mitocôndrias produzem energia para as células e têm o próprio DNA, que é herdado só da mãe.”
O procedimento também é conhecido como fertilização in vitro de três pessoas, porque as crianças geradas do processo carregam DNA nuclear de pais biológicos e o DNA mitocondrial de uma doadora de óvulo.
Robert McFarland, neurologista pediátrico da Universidade de Newcastle, que co-liderou um dos estudos, Disse em uma coletiva de imprensa que estão cautelosamente otimistas com esses resultados. Ele ressaltou que ver bebês nascendo ao final disso e saber que não haverá nenhuma doença mitocondrial é incrível”.
No entanto, a técnica desse procedimento é proibida em diversos países, pois levanta debates éticos, principalmente porque as alterações genéticas são permanentes e serão transmitidas para as futuras gerações.
Doenças mitocondriais
As doenças mitocondriais afetam as mitocôndrias e podem comprometer órgãos vitais, como cérebro e coração. Entre as mais comuns estão a síndrome MELAS, a neuropatia óptica de Leber (LHON), a síndrome de Leigh, a síndrome de Kearns-Sayre (KSS) e a MERRF.
Afetam cerca de 1 em cada 5 mil pessoas. Os sintomas variam, mas podem incluir atraso no crescimento, fraqueza muscular, perda de visão ou audição, convulsões, enxaquecas, problemas digestivos, respiratórios e desmaios.
Conforme estimativa, uma em cada 5 mil pessoas tem uma doença mitocondrial genética.
As doenças mitocondriais não têm cura e os tratamentos em geral são focados na prevenção de complicações fatais.
Fonte: Jornal Nacional e G1
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