O processo de queda de cabelo faz parte do ciclo de crescimento dos fios. Em média, uma pessoa pode perder entre 60 a 100 fios de cabelo por dia. A perda dos cabelos não é uma doença, mas pode ser um sintoma relacionado a diversas alterações no nosso corpo.
Nos primeiros sinais de alteração, o acompanhamento de um especialista é fundamental para garantir a qualidade dos fios. O profissional especializado será capaz de oferecer um tratamento específico para cada situação.
De acordo com o dados da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC) divulgados em 2018, em média 42 milhões de brasileiros são reféns da calvície. O estudo também chama a atenção para a quantidade de jovens, entre 20 e 25 anos, que também sofrem com a queda capilar e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o problema atinge metade dos homens com até 50 anos.
Cuidado com os fios
A dermatologista especializada em saúde dos fios aliado ao bem-estar Erica Baptista afirma que em casos de queda excessiva dos cabelos pode ser um sinal de alerta. “Os casos se tornam preocupantes em situações em que haja queda intensa dos fios, com quantidade muito superior do que o habitual. Se houver a formação de áreas sem cabelo bem delimitadas, rarefação intensa dos fios com visualização do couro cabeludo ou até recuo da linha de implantação dos cabelos, com aumento da testa. Os casos de dor ou coceira no couro cabeludo ou quando houver mudanças no aspecto geral dos cabelos também são situações que merecem maior atenção”, elencou.
A médica conta que é essencial conhecer bem o cabelo e fazer um cronograma de lavagem. “O mais importante é você conhecer o seu cabelo. A frequência das lavagem vai depender da oleosidade do couro cabeludo. Se os fios tiverem química, vão demandar o uso produtos para hidratação dos fios com maior frequência. É importante tentar evitar o excesso de calor com secador e prancha, mas quando houver necessidade utilizar um protetor térmico nos fios antes”, destacou.
Tratamento pós-Covid
Uma das sequelas da Covid-19 também é a queda dos fios. Uma pesquisa apontou que uma em cada quatro pessoas que tiveram a doença sobrem com o excesso de queda de cabelo. O estudo foi realizado nos Estados Unidos revelou que o problema é conhecido como eflúvio telógeno agudo (ETA) e pode durar até seis meses de podendo representar até 50% dos fios.
Segundo Erica, esse tipo de queda pode ser reversível. “Com reversibilidade completa cerca de três meses após o início, desde que não haja outras alterações prévias no couro cabeludo, como por exemplo a calvície (Alopécia Androgenética) nesta condição a queda dos cabelos pode acelerar a progressão da calvície. Caso haja perda muito intensa, com redução importante do volume total dos cabelos ou o tempo ultrapassa três meses do início da queda dos cabelos, um dermatologista deverá ser consultado para descartar outros diagnósticos diferenciais”, concluiu.
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