O distanciamento físico e a mudança de rotina, provocados pelo coronavírus, têm afetado as pessoas de formas diferentes e incentivado uma reflexão sobre como os nossos hábitos podem interferir na saúde física e mental. O consumo de álcool abusivo permeia essa nova realidade, com impactos físicos e mentais.
Em 2020, uma pesquisa da Fiocruz divulgada, realizada em parceria com as universidades Federal de Minas Gerais e Estadual de Campinas indicou que o aumento do estado depressivo pode estar relacionado ao aumento do consumo de álcool relatado durante a pandemia: 18% dos entrevistados –18,4% entre homens e 17,7% entre mulheres– afirmaram estar ingerindo mais bebidas alcoólicas nesse período, segundo a Agência Brasil.
O maior aumento, de 26%, foi registrado na faixa etária de 30 anos a 39 anos de idade, e o menor entre idosos, de 11%. Quanto maior a frequência dos sentimentos de tristeza e depressão, maior o aumento do uso de bebidas alcoólicas, atingindo 24% das pessoas que têm se sentido dessa forma durante a pandemia, indicou a pesquisa.
Apesar da expectativa de que o ano de 2021 viraria uma chave na esperança da normalidade, isso não está ocorrendo, porque os números da covid-19 só aumentam e trazem a ideia de que o ano deve ser tão ou mais difícil do que o anterior, contribuindo para uma piora da saúde mental. Associado ao consumo excessivo de álcool, a soma pode ser desastrosa, gerando quadros depressivos e de ansiedade.
Em geral, boa parte dos pacientes psiquiátricos possuem alguma doença relacionada ao uso de álcool e drogas, ou seja, que foi desencadeada ou potencializada pelo consumo dessas substâncias. A internação é necessária quando o paciente começa a perder o juízo e a crítica de seus atos, passando a se prejudicar e colocar sua própria vida em risco. A drogadição, que engloba o alcoolismo, é um fator que aumenta de quatro à cinco vezes o risco de suicídio, dizem os especialistas.
Existe uma linha muito tênue entre a diversão e a compulsão, por isso, amigos e familiares precisam observar alguns sinais apresentados pela pessoa que consome álcool frequentemente. Aqueles que buscam o álcool ou qualquer droga por aborrecimento e problemas pessoais, para frequentemente aliviar o estresse do dia a dia ou que se sentem frustrados quando não encontram bebida merecem atenção especial.
Além da ajuda de um especialista para controlar a compulsão e outros problemas ocasionados pelo excesso, as pessoas que sofrem transtornos por conta do consumo abusivo de drogas como o álcool, podem buscar apoio nos grupos de mutuo ajuda, a exemplo do Alcoólicos Anônimos, que celebra neste mês de junho 86 anos de existência no mundo.
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