Especialistas garantem CoronaVac como opção segura e eficaz para vacinação de crianças

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina CoronaVac para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos de idade.

Especialistas consideram essa vacina boa para uso em crianças porque tem menos efeitos adversos, em comparação com outros imunizantes, e protege meninos e meninas contra casos graves da doença.

“A CoronaVac se encaixa bem para crianças porque elas já têm um sistema imunológico bom e não precisam de tanta ativação quanto os adultos, tanto que a maioria dos casos de Covid-19 não acontece em crianças. Além disso, o fato de ela ser menos imunogênica, significa que ela provoca menos efeitos adversos”, diz o médico geneticista Salmo Raskin, presidente do Departamento Científico de Genética da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Os especialistas acreditam que a liberação da Anvisa irá ajudar a acelerar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. Até o momento, o único imunizante disponível no país para essa faixa etária era o da Pfizer. Embora a vacina também seja eficaz e segura, ainda há poucas doses disponíveis. A nova aprovação irá aumentar o número de doses e permitirá vacinar um número maior de crianças, em menos tempo.

O Ministério da Saúde prevê receber 4,3 milhões de doses da Pfizer em janeiro, totalizando 20 milhões até março. A quantidade é suficiente para vacinar apenas parcialmente todas as crianças de 5 a 11 anos nos três primeiros meses do ano, já que a vacinação completa depende da aplicação de duas doses. O governo federal estipulou um intervalo de dois meses entre as injeções, isso significa que muitas crianças só terão o esquema vacinal completo em maio ou junho.

A aprovação da CoronaVac pode mudar isso e ajudar a vacinar mais rápido a faixa etária de 6 a 11 anos. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que compraria a CoronaVac para crianças e adolescentes desde que a vacina fosse aprovada pela Anvisa. Segundo o Butantan, há 12 milhões de imunizantes prontos à disposição do governo.

Fonte: O Globo

Alessandra Fonseca

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