Com o avanço da variante Ômicron no Brasil, aumentando o número de casos e deixando em colapso o sistema de saúde, dados do Ministério da Saúde revelam que mais de 53 milhões de pessoas ainda não tomaram a terceira dose da vacina, mesmo com o tempo necessário para receber o imunizante, que é de quatro meses.
O reflexo disso é a taxa de mais de 80% ou mais da ocupação dos leitos registrada em nota da Fiocruz divulgada na última quinta-feira (03).
Especialistas pontuam que o aumento da contaminação está presente em grupos de pessoas que não se vacinaram ou tomaram a dose de reforço. Esse público se torna mais vulnerável a infecção grave da covid-19 e suas variantes.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, a terceira dose já mostrou ser capaz de criar uma alta proteção contra o vírus, e negligenciá-la impacta negativamente no cenário pandêmico e traz consequências que podem ser fatais à população.
“Não receber o reforço ameaça os índices de proteção e contribui com o aumento de casos da doença, principalmente a causada pela variante Ômicron – cepa prevalente no país que, mesmo considerada mais branda, tem sido responsável por levar muitos às unidades de saúde. É importante que nossa população se vacine completamente”, declara unha.
Um estudo feito pelo Hospital das Clínicas de São Paulo com o apoio do Instituto Todos pela Saúde, revelou que a terceira dose da vacina contra a covid-19 aumenta a produção de anticorpos em até 99,7%, chegando quase a totalidade da proteção. De acordo com a equipe, o reforço não impede a manifestação leve da doença, mas a hospitalização e óbitos.
O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), do Distrito Federal, José David Urbaez Brito, conta que estar em dia com o imunizante não significa que não haja contágio, pois, vacinados continuam transmitindo o vírus.
Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, mostra que o Brasil ultrapassou a marca dos 40 milhões de brasileiros vacinados com a dose de reforço contra a Covid-19. O total de imunizados varia entre 4,5% a 32% entre os estados.
O local que tem a menor taxa é Roraima e, no outro lado do gráfico, está São Paulo. A divergência na aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 é preocupante entre especialistas e autoridades sanitárias, pois pode piorar o cenário do país durante a pandemia e adiar o controle do coronavírus.
Até o momento, o governo recomenda o intervalo de quatro meses entre a segunda dose e a dose de reforço da imunização contra o coronavírus. Essa dose pode ser aplicada em maiores de 18 anos que já tenham recebido as duas e com prazo mínimo para a segunda aplicação.
De acordo com as orientações emitidas pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid), o imunobiológico da Pfizer será usado como dose de reforço em pessoas vacinadas com os imunizantes Coronavac, AstraZeneca e Pfizer.
A decisão por essa vacina levou em consideração o aumento da resposta imunológica no esquema heterólogo, ou seja, que mistura as fórmulas. Caso a vacina da Pfizer esteja em falta, os imunobiológicos da Janssen e AstraZeneca também poderão ser usados na dose de reforço.
“Vacina sempre é uma extraordinária medida de proteção, isentar-se disso traz consequências ruins de infecção pelo Sars-CoV-2 que podem, inclusive, levar ao óbito”, conclui Brito.
Fonte: Metrópoles
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