30 de agosto marca o Dia Nacional de Conscientização sobre a esclerose múltipla, uma doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central.
A esclerose múltipla, uma doença autoimune, crônica e neurodegenerativa, afeta o sistema nervoso central, impactando a vida de cerca de 40 mil brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem).
A condição pode apresentar uma ampla variedade de sintomas, que vão desde manifestações graves e imediatas até sinais que se assemelham a condições comuns do dia a dia, o que muitas vezes faz com que os pacientes demorem a procurar ajuda médica.
A doença atinge predominantemente mulheres jovens, com idades entre 20 e 40 anos. Para aumentar a conscientização sobre a esclerose múltipla, seus sintomas e as terapias disponíveis, o dia 30 de agosto foi instituído como o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla.
A fisioterapeuta neurofuncional Erika Grunvald explica que os sintomas mais comuns incluem fadiga intensa, que pode se tornar incapacitante, principalmente em situações de calor ou esforço físico; dificuldades fonoaudiológicas, como fala arrastada e dificuldade para engolir; transtornos visuais, como visão embaçada e dupla; e problemas de equilíbrio e coordenação, que podem causar tremores, instabilidade ao caminhar e vertigens.
“Além disso, há a espasticidade, que é a rigidez dos membros, e a parestesia, que causa sensações de queimação ou formigamento”, acrescenta.
A esclerose múltipla também pode afetar a cognição e causar transtornos emocionais, como depressão, ansiedade e transtorno bipolar.
“Dada a natureza progressiva da doença, é essencial que o tratamento comece o mais cedo possível para minimizar os impactos permanentes”, destaca Erika.
Ela enfatiza ainda o papel crucial da fisioterapia na manutenção da qualidade de vida dos pacientes, ajudando a mitigar os efeitos negativos da doença sobre o sistema locomotor.
Por ser uma condição que afeta diretamente os movimentos, a manutenção de atividades físicas regulares é fundamental.
“Com o tratamento adequado e seguindo as orientações médicas, é possível que o paciente mantenha uma boa qualidade de vida e se mantenha ativo”, conclui a fisioterapeuta.
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