O transplante cardíaco é um procedimento médico complexo e vital para pacientes que enfrentam uma insuficiência cardíaca avançada, como é o caso do apresentador Fausto Silva, mais conhecido como Faustão. O cardiologista Heitor Pereira Júnior, explicou sobre o processo de transplante cardíaco, destacando os desafios enfrentados por pacientes nessa situação crítica.
Heitor explica que o coração desempenha um papel central na circulação sanguínea, fornecendo oxigênio e nutrientes a todas as células do corpo. É uma bomba hidráulica muscular que, quando funciona adequadamente, garante a distribuição eficiente de sangue rico em oxigênio e nutrientes. Quando o coração perde a capacidade de bombear sangue de maneira eficaz, ocorre uma insuficiência cardíaca, levando à fadiga, falta de ar e outros sintomas debilitantes.
A insuficiência cardíaca é uma miocardiopatia (quando o músculo do coração não está funcionando bem, o que pode causar sintomas e problemas no bombeamento de sangue), causada por várias doenças como: miocardite (quando o músculo do coração fica um pouco irritado e inflamado), doença coronariana (quando as artérias que levam sangue rico em oxigênio para o coração ficam bloqueadas ou estreitas), tratamento quimioterápico, um quadro viral ou até complicações pós-infarto. Quando o coração não consegue atender às necessidades do corpo, a única opção viável pode ser o transplante cardíaco.
No caso do Faustão, a nota divulgada pelo Hospital Albert Einstein menciona que seu estado de saúde agravou-se, e ele está em diálise, necessitando de medicamentos para auxiliar na força de bombeamento do coração. O comprometimento dos rins também é um fator importante, pois a insuficiência cardíaca pode afetar a função renal.
O transplante cardíaco envolve a substituição do coração doente por um coração saudável de um doador falecido. Antes do transplante, uma série de avaliações é realizada para determinar a compatibilidade entre o paciente receptor e o coração do doador. Essas avaliações consideram fatores como altura, peso e tipo sanguíneo.
Faustão foi incluído na fila única de transplantes do Estado de São Paulo, administrada pela Secretaria de Saúde do Estado. Devido à gravidade do seu caso, ele pode ser priorizado na fila, onde o tempo de espera pode variar de 2 a 18 meses, dependendo da gravidade do paciente e da compatibilidade entre doador e receptor. A fila respeita a ordem cronológica, mas é feito um cruzamento com uma lista de prioridades.
Segundo a Central Nacional de Transplantes (CNT), ligado ao Sistema Nacional de Transplantes (STN), atualmente a fila de espera para transplantes de coração no Brasil é de 386 pessoas.
Após um transplante cardíaco bem-sucedido, o paciente precisa tomar medicamentos pelo resto da vida para evitar a rejeição do novo coração. A recuperação no pós-operatório costuma ser favorável, e muitos pacientes retomam uma vida relativamente normal. A expectativa de vida após o transplante pode ser significativamente estendida, permitindo que os pacientes vivam com qualidade. O cardiologista Heitor destaca que a recuperação depende do cuidado pós-transplante e da adesão rigorosa à terapia medicamentosa.
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