O bruxismo, um distúrbio que pode passar despercebido por muitos, está cada vez mais relacionado ao nosso estado mental.
Marcado pelo ranger ou apertar dos dentes, ele é muitas vezes desencadeado por fatores emocionais como estresse e ansiedade, afetando tanto o sono quanto o cotidiano de quem sofre com o problema.
Embora silencioso, o bruxismo pode gerar consequências sérias, levando a dores crônicas e danos nos dentes.
Segundo a fisioterapeuta Maiana Pinheiro, o bruxismo é um comportamento motor caracterizado pelo apertamento dentário, ranger dos dentes ou pela movimentação repetitiva da mandíbula.
“Ele pode ocorrer tanto dormindo (bruxismo do sono) quanto acordado (bruxismo de vigília). No bruxismo do sono, os movimentos podem ser rítmicos ou sustentados, geralmente inconscientes, o que dificulta a identificação por parte do paciente. Já no bruxismo de vigília, há um padrão mais consciente, especialmente em momentos de estresse, concentração ou ansiedade, fala”.
“E embora muitas pessoas desconheçam que sofrem desse problema, ele é mais comum do que se imagina, podendo afetar tanto crianças quanto adultos”, ela acrescenta.
Entre os principais sinais e sintomas do bruxismo estão, dor na face, mandíbula e cabeça, desgaste dentário, tensão nos músculos da mastigação, ruídos ao movimentar a boca e dores no pescoço e nos ombros.
Em alguns casos, este hábito pode levar a fraturas dentárias e comprometer a saúde bucal, além de aumentar a tensão muscular, gerando impactos na qualidade de vida do paciente.
Os fatores de risco para o desenvolvimento do bruxismo são variados, mas o estresse e a ansiedade estão entre as principais causas.
Além disso, outros fatores como o uso de substâncias estimulantes, como cafeína e nicotina, podem agravar o quadro.
Distúrbios do sono, como a apneia, também é considerado um gatilho importante. No caso do bruxismo em crianças e adolescentes, situações de tensão emocional e problemas respiratórios, podem ser uma causa significativa.
O tratamento do bruxismo deve ser multidisciplinar, envolvendo fisioterapeutas, dentistas e psicólogos.
“A fisioterapia é uma aliada essencial no manejo dessa condição, especialmente no alívio das dores musculares e na correção de desequilíbrios musculoesqueléticos” Maiana comenta.
“Técnicas manuais e exercícios específicos para aumentar a mobilidade da mandíbula são empregadas para melhorar a função mastigatória e reduzir a tensão muscular. Além disso, recursos como biofeedback podem ser utilizados para ajudar o paciente a tomar consciência dos momentos de atividade muscular mastigatória excessiva e aprender a controlá-los”, complementa a fisioterapeuta.
A orientação sobre relaxamento e a adoção de hábitos saudáveis também fazem parte do tratamento.
“A fisioterapia contribui não apenas para o alívio dos sintomas, mas também para a prevenção de complicações futuras, proporcionando uma melhora significativa na qualidade de vida do paciente.”
Em casos específicos, o tratamento pode incluir o uso de placas oclusais, intervenções psicológicas para controle do estresse e, quando necessário, medicamentos.
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