Segundo a Organização Mundial de Saúde, 20 a 30% da população mundial adulta apresenta deficiência de ferro. As mulheres, gestantes ou não, e as crianças são as mais vulneráveis.
Diferentes motivos, nem sempre patológicos, levam o nosso corpo a perder ferro, como os ciclos menstruais e as gestações ou mesmo a dificuldade do organismo de absorver esse ingrediente. De acordo com o hematologista João Saraiva, de maneira geral, as mulheres tendem a apresentar menores reservas de ferro que o homens, “e isso ocorre devido ao fluxo menstrual. Significa dizer que as mulheres correm maior risco de desenvolver anemia. As causas de uma anemia no sexo feminino variam, de acordo com diferentes fases da vida: infância, adolescência, gravidez e climatério”.
A anemia é caracterizada pela redução na concentração de hemoglobina, proteína que transporta o oxigênio pelo sangue. O Dr. Saraiva explica que a anemia pode ser decorrente de diversas condições que afetam a produção de hemácias, como por exemplo, destruição precoce das células, da perda excessiva de sangue ou ainda, de uma associação de diferentes fatores. “As anemias mais comuns são as chamadas carenciais, como as causadas pela deficiência de ferro, a qual chamamos de anemia ferropriva, pela deficiência da vitamina B12 e/ou ácido fólico, que chamamos de anemia megaloblástica. Além dessas, há, também, a anemia falciforme, caracterizada pela alteração no formato dos glóbulos vermelhos. Nesse caso, trata-se de uma alteração genética”.
As anemias carenciais são as mais comuns, especialmente, a ferropriva, cujos sintomas típicos são palidez, cansaço, falta de apetite, apatia, tontura, queda de cabelo, unhas fracas, palpitações, dificuldade de concentração e taquicardia. “Normalmente, a anemia por deficiência de ferro está ligada à carência nutricional e parasitoses intestinais, situações menos frequentes hoje em dia. Também podem ocorrer durante a gestação ou ainda, em decorrência de hemorragias gastrointestinais ou por conta de ciclos menstruais. O tratamento para esse tipo de anemia é a reposição imediata do ferro no organismo, por meio de medicamentos à base de ferro aliado a uma alimentação adequada, com frutas cítricas e alimentos de origem animal ricos em ferro, como carne, fígado e gema de ovo”, explica o hematologista do IHEBE.
Para mulheres em idade fértil os ciclos menstruais significam necessidades diárias de ferro, entre 1,4mg a 2mg/dia. Para aquelas com ciclos mais intensos, as necessidades diárias podem chegar a 3mg ou até mais.
“A título de comparação, em países industrializados, o índice de anemia em mulheres não grávidas é de 5% e a deficiência de ferro varia entre 5 a 11%. Enquanto isso, na América Latina e no Caribe a anemia ferropriva atinge cerca de 30% das mulheres não gestantes, na faixa etária de 20 a 49 anos, em sua maioria”, acrescenta o Dr. João Saraiva.
*Com informações da assessoria de imprensa A+N Comunicação Integrada
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